Ministério da Saúde confirma 72 casos de microcefalia em Alagoas

Desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 300 casos suspeitos, sendo que 165 foram descartados e 63 permanecem em investigação

 Foto: Carla Cleto


O novo informe epidemiológico divulgado, nesta quarta-feira (1º), pelo Ministério da Saúde confirma 72 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em Alagoas. O novo boletim é referente à semana epidemiológico nº 20, que corresponde até o dia 28 de maio. O Informe reúne informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde.

No total, foram notificados 300 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 63 permanecem em investigação. Outros 165 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.

Em todo país, 1.4899 casos foram confirmados e ocorreram em 539 municípios, localizados em 25 unidades da federação. Desses casos, 223 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 294 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Destes, 63 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 192 continuam em investigação e 39 foram descartados.

O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral. 

A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 28 de maio de 2016



Regiões e Unidades Federadas
Casos de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
Total acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação
Confirmados2,3
Descartados4
Brasil
3.162
1.489
3.072
7.723
Alagoas
63
72
165
300
Bahia
647
249
211
1.107
Ceará
186
110
194
490
Maranhão
80
126
55
261
Paraíba
311
129
442
882
Pernambuco
491
358
1.133
1.982
Piauí
11
85
71
167
Rio Grande do Norte
253
113
62
428
Sergipe
114
77
43
234
Região Nordeste
2.156
1.319
2.376
5.851
Espírito Santo
88
12
49
149
Minas Gerais
54
3
55
112
Rio de Janeiro
275
64
116
455
São Paulo
198a
8b
123
329
Região Sudeste
615
87
343
1.045
Acre
21
0
17
38
Amapá
2
8
1
11
Amazonas
11
4
5
20
Pará
29
1
0
30
Rondônia
4
4
7
15
Roraima
9
8
7
24
Tocantins
93
11
33
137
Região Norte
169
36
70
275
Distrito Federal
4
5
35
44
Goiás
63
14
59
136
Mato Grosso
118
16
93
227
Mato Grosso do Sul
2
2
14
18
Região Centro-Oeste
187
37
201
425
Paraná
6
4
27
37
Santa Catarina
1
1
5
7
Rio Grande do Sul
28
5
50
83
Região Sul
35
10
82
127



 Por Ascom Agência Saúde

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