ALAGOAS: Polícia usa aplicativos e redes sociais para combater o crime no Estado


O combate à criminalidade em Alagoas tem dado resultados visíveis. Muitos métodos são usados para que o índice de violência seja reduzido. As redes sociais, que fazem parte desses métodos usados para o combate à violência, têm ajudado a segurança pública a realizar seu trabalho de forma mais rápida.

O tenente-coronel Marcos Sampaio, do Comando de Policiamento da Capital (CPC), contou que as redes sociais têm servido como fonte de análise para diversas ações. O monitoramento de aplicativos e perfis é ativo e existe uma equipe que monitora essas redes. Vários perfis são investigados na internet e táticas são traçadas pela polícia para conter determinadas ilegalidades.

O coronel Sampaio explicou que o monitoramento acontece com mais frequência no caso de grupos de torcidas organizadas. Ele relatou que muitos problemas em estádios de futebol já foram evitados graças a um aplicativo de conversas, no qual pessoas que fazem parte de torcidas organizadas planejam algo ilegal, mas rapidamente são impedidas por uma guarnição que tem trabalhado de forma ágil.

Sampaio afirmou que aplicativos como o Whatsapp têm facilitado o trabalho dos policiais e que eles conseguiram se adaptar às novas tecnologias. “A rotina das guarnições mudou com esse monitoramento pelas redes sociais, isso tem ajudado no combate contra a criminalidade”, ressaltou o coronel.
Marcos Sampaio disse também da proximidade da população com a Polícia Militar. Ele lembrou que o índice de assaltos no Centro de Maceió diminuiu, por conta das denúncias que comerciantes fazem a polícia, por meio de mensagens instantâneas. “Com isso, nós conseguimos localizar a ocorrência e chegar mais rápido ao local”, lembrou o oficial que comanda o policiamento ostensivo na capital alagoana.

Investigação

Outro ponto interessante relacionado ao auxílio das redes sociais na segurança pública são os crimes de internet. Segundo o delegado-geral da Policia Civil, Paulo Cerqueira, é caracterizado crime na internet quando alguém ofende ou levanta uma calúnia contra outra pessoa. Desta forma, vários fatores serão analisados.

Cerqueira disse que vídeos gravados e postados na internet, onde alguém se sinta ofendido, podem se tornar provas fundamentais para aplicação de uma pena. Os comentários de outras pessoas sobre aquela determinada postagem também influenciam nas investigações.

“Mensagens instantâneas ajudam na investigação, porém não são dadas como provas, e sim fazem parte do acervo de provas que serão coletadas”, explicou Cerqueira.

Convencional

O serviço 181 conhecido pela população alagoana não perdeu o seu espaço como método para denuncias, mesmo com as diversas plataformas tecnológicas que são utilizadas no combate ao crime. Apesar de ser um serviço convencional, o Disque-Denúncia ainda é o meio mais utilizado pela população na troca de dados com a policia.

O coordenador do serviço, que por medida de precaução terá o nome mantido em sigilo, disse que o 181, assim como as redes sociais, estão num conjunto de facilidades para a promoção da paz no Estado. “A popularidade do serviço 181 faz com que, mesmo com os aplicativos e as redes sociais ajudando a polícia, o número de denúncias não diminua”, contou o gestor do serviço.

Ele explicou que o contato direto do denunciante é diferenciado, pois através da ligação a polícia encontra facilidades para solucionar problemas. “A garantia do sigilo e do anonimato nos ajuda a colher mais informações com a população, o que é diferente nas plataformas cibernéticas”, explicou o coordenador. Ele disse ainda que a sociedade deve continuar colaborando com a segurança pública realizando denúncias, sejam elas nas redes sociais ou no 181, Disque-Denúncia, porque desta forma o combate à criminalidade é maior.

O gestor lembrou também que, além das denúncias que são feitas pela população, os resultados são fundamentais, já que por meio de uma ligação um criminoso pode ser detido e um crime pode ser solucionado. Isso faz com que a sociedade confie no trabalho ostensivo da policia e passe a ajudar cada vez mais a segurança pública. 

Por Sete Segundos.

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