“Não é culpa de ninguém”: médica explica mitos e causas da infertilidade, explica a médica Eugênia Câmara

Foto.: Assessoria 

A infertilidade ainda continua cercada de mitos que atrasam o diagnóstico, dificultam o acesso a tratamentos e reforçam culpas desnecessárias. Segundo a médica Eugênia Câmara, especialista em reprodução humana, o mês de junho, que é dedicado à conscientização sobre o tema, é uma oportunidade para trazer informações necessárias sobre as causas, tratamentos e, principalmente, para desfazer equívocos que ainda geram medo e insegurança em muitos casais.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada seis pessoas enfrenta algum grau do problema. Dados da OMS revelam um cenário preocupante: a infertilidade já afeta 17,5% da população adulta mundial, atingindo homens e mulheres de todas as classes sociais.

A especialista reforça que, a infertilidade não deve ser encarada como culpa de alguém. “Trata-se de uma condição médica que precisa ser abordada com empatia, acolhimento e informação. Muitos pacientes chegam ao consultório se sentindo sozinhos ou culpados, quando, na verdade, existem caminhos viáveis e acessíveis para quem deseja realizar o sonho de ter filhos”, destaca Eugênia Câmara.

Quais são os mitos mais frequentes?

Um dos equívocos mais comuns é acreditar que a infertilidade é sempre culpa da mulher. A médica Eugênia Câmara explica que as causas podem ser femininas, masculinas, combinadas ou até sem motivo aparente. “As causas são variadas e incluem fatores femininos, masculinos, combinados ou desconhecidos, além de questões como idade, estilo de vida, doenças hormonais e ambientais”, detalha a especialista.

Ela acrescenta que, entre as mulheres, os principais fatores estão relacionados à síndrome dos ovários policísticos, endometriose, presença de miomas, pólipos e alterações hormonais. Já nos homens, os problemas mais comuns envolvem alterações na qualidade e quantidade dos espermatozoides, varicocele, infecções, traumas, uso de anabolizantes e fatores genéticos.

“É só relaxar”

Outro mito bastante comum é acreditar que basta relaxar para que a gravidez aconteça naturalmente. Embora o estresse realmente possa afetar a saúde reprodutiva, ele não é o único fator que interfere na fertilidade. Condições como endometriose, síndrome dos ovários policísticos, miomas, pólipos e alterações hormonais exigem acompanhamento médico e, muitas vezes, tratamentos específicos para aumentar as chances de gravidez.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a infertilidade como a incapacidade de engravidar após 12 meses ou mais de relações sexuais regulares sem o uso de métodos contraceptivos.

“Caso o casal esteja tentando há um ano, sem sucesso, é essencial buscar avaliação médica para investigar as possíveis causas e indicar o tratamento adequado. Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso”, orienta Eugênia Câmara.

“Não há solução para infertilidade”

Outro engano é pensar que não há solução para quem enfrenta a infertilidade. Graças aos avanços na medicina reprodutiva, hoje existem alternativas viáveis para a maioria dos casos. Mudanças no estilo de vida, tratamentos personalizados e técnicas de reprodução assistida são algumas das opções disponíveis para quem deseja realizar o sonho de ter filhos. 

“A infertilidade não é uma sentença definitiva. Com avaliação adequada, planejamento e o tratamento correto, é possível encontrar caminhos para viabilizar a gestação”, afirma Eugênia Câmara.

Por Assessoria 

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