Hemoal registra o menor estoque de sangue do ano e atende apenas casos de emergência
Para doar sangue, voluntário deve comparecer ao Hemoal de máscara
Ascom Sesau
Texto de Josenildo Törres |
Com 88 bolsas de sangue disponíveis, quando deveria ter, no
mínimo, 300, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) conta com apenas 29,3% do
estoque necessário para atender a demanda das maternidades e dos
hospitais. Diante deste número, que representa o menor percentual
registrado este ano, o órgão está atendendo, apenas, casos de
emergência, uma vez que a situação é considerada critica.
Para
se ter ideia, das oito tipagens sanguíneas existentes, cinco possuem
menos de 10 bolsas no estoque. O B positivo possui duas bolsas, o AB
positivo dispõe de apenas seis, enquanto o O negativo só conta com uma
bolsa e o B e AB negativos estão zerados, o que coloca em risco a vida
de pacientes que necessitarem de transfusões de sangue.
“Há
momentos em que só a transfusão de sangue pode salvar a vida de um
paciente. E se alguém vier a precisar de uma tipagem sanguínea que não
se tenha disponível, não é possível comprar em nenhuma farmácia, uma vez
que o sangue não se fabrica artificialmente. Por isso, apenas a
solidariedade das pessoas é capaz de manter o estoque do Hemoal
estabilizado para atender a demanda transfusional”, salienta a gerente
do órgão, médica Verônica Guedes.
Ela ressalta que, se pelo
menos cada alagoano, entre 16 e 69 anos, doasse sangue uma vez ao ano, o
Hemoal não registraria baixas no estoque e não precisaria, inúmeras
vezes, apelar à solidariedade das pessoas. “Acreditamos que toda pessoa
consciente já sentiu a vontade de ajudar alguém, de praticar um gesto
solidário. Então, porque não, incluir a doação de sangue como uma ação a
ser praticada anualmente?”, enfatiza a gerente do hemocentro alagoano,
deixando a reflexão.
Critérios para doação –
Verônica Guedes explica que, para àqueles que são doadores regulares, as
doações de sangue podem ocorrer a cada dois meses, nos casos dos
homens. Já com relação às mulheres, o intervalo é de três meses. Para
isso, segundo ela, basta, apenas, que o voluntário esteja bem de saúde,
tenha no mínimo 50 quilos, esteja de máscara, apresente um documento de
identificação com foto, tenha dormido no mínimo seis horas antes da
doação, além de não ter ingerido bebida alcóolica nas últimas 12 horas e
não ter fumado duas horas antes de se dirigir ao Hemoal.
“Os
únicos impedimentos são para as pessoas que tenham contraído doença de
Chagas, Aids, sífilis e, após os 11 anos de vida, hepatite. Com relação
às gestantes e lactantes, não é permitida a doação de sangue. No caso de
terem contraído a Covid-19, ficam impedidos pelo período de 30 dias,
contados após a recuperação. Já os que tiveram contato com pessoas
infectadas, só podem doar sangue se não apresentarem sintomas nos 14
dias subsequentes”, explica Verônica Guedes.
Vacina contra a Covid-19
– E para os voluntários que desejam doar sangue, mas, tenham se
imunizado contra o novo coronavírus, devem ser seguidas algumas
orientações. “Se a vacina recebida foi a CoronaVac, deve ser respeitado
um intervalo de 48 horas após cada dose, mas, se o imunizante foi a
AstraZeneca, a doação só pode ocorrer após o sétimo dia de recebida a
dose”, informa a gerente do Hemoal.
Onde doar –
Caso esteja em Maceió, o voluntário pode comparecer à Unidade Trapiche,
que funciona de segunda a sexta, das 7h às 18h e, aos sábados, das 8h
às 17h. Ainda na capital alagoana, é possível se candidatar à doação
sanguínea na Unidade Farol, que funciona no Hospital Veredas, de segunda
a sexta-feira, das 8h às 11h.
Mas, se estiver no interior, o
candidato à doação de sangue pode comparecer à Unidade Arapiraca,
localizada no Laboratório Municipal, na Rua Desportista Ernesto Alves
Siqueira, no bairro Centro. O órgão funciona de segunda a sexta-feira,
das 7h30 às 17h30.
Por Agência Alagoas
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