'Eleição 2016 será a mais difícil e atípica dos últimos anos'
Foto: AMA |
Uma eleição atípica, difícil, com prazos
apertados e muitas peculiaridades, onde o diferencial será o conhecimento da
legislação. Essa é a opinião dos que participaram da reunião na Associação dos
Municípios Alagoanos – AMA – nesta segunda-feira, dia 14. A Entidade chamou
prefeitos para conhecer as mudanças impostas pela minirreforma eleitoral (Lei
13.165/2015) e as condutas vedadas aos agentes públicos. Reunidos, o
Desembargador Eleitoral Fábio Gomes, o Procurador Regional Eleitoral Marcial
Coelho, o mestre em direito eleitoral e servidor do TRE Davi Moreira e os
advogados Luiz Guilherme Lopes e Luciano Guimaraes da Academia Brasileira de
Direito Eleitoral e Político debateram sobre as principais alterações da
legislação que reduziu os prazos, alterou regras da propaganda, aumentou as
penalidades e as possibilidades de cassação e inelegibilidade.
O presidente da AMA, Marcelo Beltrão avaliou a
reunião como “importante e profilática porque os atuais prefeitos – com direito
ou não à reeleição – precisam do maior volume de informações para que o
processo seja conduzido com total transparência. Essa é a forma para se
garantir a democracia e a vontade popular”, acrescentou.
O Desembargador Eleitoral, Fábio Henrique
Cavalcante Gomes disse que esse conhecimento é indispensável. “São muitas
peculiaridades e isso requer conhecimento da legislação. Tanto pelos
candidatos, como pelos advogados”. A alteração na lei passa pelo prazo de
filiação partidária que foi reduzido para seis meses, bem como a data final da
convenção marcada para 5 de agosto. Há novas regras para a propaganda, como a
proibição de pinturas em muros, tão comum até a última eleição. Outra mudança
diz respeito ao prazo para registro de candidatos pelos partidos políticos e
coligações nos cartórios, o que deve ocorrer até as 19h do dia 15 de agosto de
2016.
O Procurador Regional Eleitoral, Marcial Coelho
foi enfático ao dizer que a justiça quer igualdade de condições e que a
legislação mais rigorosa é uma forma de equilibrar o processo. Especificamente
com relação as condutas vedadas, ele disse aos prefeitos que elas não têm um
prazo definido e orientou os gestores que reúnam suas equipes e orientem sobre
as sanções existentes, porque não apenas o prefeito, mas toda a cadeia de
servidores é responsável pelas ações.
Este ano o processo eleitoral terá 45 dias,
começando em 16 de agosto e os prazos estão bem apertados, informou o
representante do TRE, Davi Moreira, que é mestre em Direito Eleitoral. Ele
apresentou as mudanças da minirreforma e as consequências para o processo.
Uma das preocupações dos gestores é com relação a
prestação de contas e, segundo os advogados Luciano Guimarães e Luiz Guilherme
Lopes, da Academia Brasileira de Direito Eleitoral, as informações precisam
respeitar as regras porque também neste quesito houve alterações. “Não é um
processo apenas de natureza administrativa. É mais que isso, requer também
cuidado jurídico”, frisou Luciano Guimarães.
Para os prefeitos a reunião teve um caráter
educativo e foi importante para alertar sobre os cuidados, não apenas para os
que podem ser candidatos à reeleição, mas também para os que encerram o mandato
este ano. “São detalhes que podem fazer a diferença. Essa é uma eleição
atípica, onde o eleitor está mais atento e por isso é tão importante o
conhecimento da legislação”, acrescentou Juliana Farias, prefeita de Mar
Vermelho.
Por Ascom AMA
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