Biu e Arthur Lira são indiciados pela PF por corrupção passiva
(Foto: Reprodução)
A Polícia Federal indiciou o deputado Arthur Lira (PP), presidente da
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara - um dos mais importantes
colegiados da Casa - e o pai dele, senador Benedito de Lira (PP), por
suspeita de prática do crime de corrupção passiva em um dos inquéritos
da Operação Lava Jato.
No relatório, a PF apontou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a
responsabilidade criminal dos dois pela prática de corrupção passiva - o
que, na prática, corresponde a um indiciamento nos processos de
primeira instância.
O grupo de trabalho de delegados federais em atuação na Lava Jato, que
investiga o esquema de corrupção na Petrobras, entregou o relatório
final da investigação sobre os dois congressistas ao Supremo na tarde de
segunda-feira (31).
O relatório da PF aponta que os dois acusados tiveram dívidas de campanhas eleitorais pagas pelo doleiro Alberto Youssef e receberam propinas por meio de doações eleitorais oficiais resultantes do esquema de corrupção da estatal
Em delação premiada, Youssef
apontou os congressistas como beneficiários do suborno pago por
empresas fornecedoras da Petrobras. A PF diz no relatório que a
colaboração premiada foi confirmada por outras provas testemunhais e
documentais, algumas delas obtidas por meio de rastreamento de contas
bancárias.
Uma das principais provas obtidas pelos delegados é a transferência de valores de uma das empresas de fachada de Youssef para a conta de um dos credores de dívidas de campanha de Arthur Lira.
Agora o STF deverá encaminhar as conclusões da PF ao Ministério Público
Federal (MPF), que decidirá pelo oferecimento de denúncia criminal
contra os acusados ou pelo arquivamento do caso.
Outro Lado
A defesa de Arthur Lira e Benedito de Lira informou que o relatório
ainda não é público e que vai se manifestar assim que tiver acesso ao
conteúdo do documento.
Por Folha
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