Modelo de gestão do Presídio de Agreste é exemplo para o Rio de Janeiro

                      Unidade nunca registrou rebeliões e chama a atenção de gestores de outros Estados 


 Secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (camisa verde), coronel PM Erir Costa Filho, elogiou modelo de gestão do Presídio do Agreste

“Ficamos muito satisfeitos. Aprendemos muito com Alagoas e desejamos adotar esse modelo de gestão que tem dado resultado. A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) está de parabéns pelo trabalho”. A afirmação foi do secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, coronel PM Erir Costa Filho, que encerrou sua visita ao Presídio do Agreste, no sábado (29). A unidade nunca registrou rebeliões e fugas.

O diretor das unidades prisionais, capitão PM Josinaldo Anízio, o diretor da unidade do Agreste, Gilson Messias, e o gerente operacional da Empresa Reviver, que faz a cogestão do presídio, Balbino Oliveira, prestaram as informações e orientações sobre o modelo de administração adotado. Essa é a terceira vez neste ano que o Presídio do Agreste recebe um secretário de outra unidade federativa. Antes, ocorreram visitas de Sergipe e Goiás.

O Presídio do Agreste, inaugurado em novembro de 2013, situado na cidade de Girau do Ponciano, é um exemplo de unidade modelo. O presídio conta com bloqueadores de celular, acessibilidade para deficientes físicos, fábrica de tecidos, cultos evangélicos, salas de aula e outros requisitos previstos na Lei de Execuções Penais. Vale destacar que 20% do total de reeducandos estão estudando, superando a média nacional dos presídios do país, que é de 11%.

De acordo com o diretor Gilson Messias, o modelo de gerência do presídio preza pela segurança, eficiência e disciplina. Não há contato direto dos agentes penitenciários com os reeducandos, mas tudo é controlado. “A gerência dos módulos ocorre de modo verticalizado, de cima para baixo, monitoramos inclusive o fornecimento de água e energia. Todos os 788 reeducandos seguem regras para boa convivência”, salienta.

O diretor capitão Anízio lembra que, além da disciplina, há planejamento para manter a ordem e a segurança. “Temos um canil com dez animais treinados para conter princípios de rebelião. Os agentes penitenciários também têm um rádio comunicador direto com a Polícia Militar para qualquer tipo de intervenção emergencial. Médicos e enfermeiros contam com uma enfermaria e fazem o atendimento 24h na unidade”, ressalta.


O gerente da Reviver explica que existem procedimentos para gerar mais celeridade e agilidade na comunicação. “Temos uma TV Corporativa, onde são transmitidas todas as informações dos reeducandos; ficha criminal, atendimentos recebidos e pessoas no qual tiveram contato. Além de 125 câmeras que monitoram o perímetro interno e externo. Todos aqueles que entram na unidade são cadastrados. Registramos tudo”, lembra Balbino.
 “Tivemos uma excelente impressão, desejamos implantar uma gestão otimizada, capaz de cumprir o que determina a lei, ou seja, reintegrar os reeducandos ao convívio social e evitar reincidências após cumprirem suas penas. Todos nós temos problemas com recursos, precisamos fazer mais com menos. Por isso, é fundamental compartilhar ideias que deram certo e aqui no Agreste temos muitos exemplos de boas práticas”, finaliza o gestor carioca.

  Por  Blog Adalberto Gomes Notícias com informações da Agência Alagoas


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