Deputado alagoano diz que recursos do Canal do Sertão "irrigaram" o Petrolão

                                        Segundo MPF, Obra foi uma das que mais sofreram com a corrupção

Deputado JHC concedendo entrevista ao Fantástico (Foto: JHC (Facebook)
O deputado federal João Henrique Caldas (PSB), repercutiu ontem, no plenário da Câmara, a denúncia do Ministério Público Federal de que o Canal do Sertão é mais uma das obras que sofreu com a corrupção.

Nesta 26ª fase da operação Lava Lato, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre as obras investigadas está a do Canal do Sertão.

Esta nova fase foi embasada na delação premiada de Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da Odebrecht, que trabalhava no Setor de Operações Estruturadas. Ela havia sido presa na 23ª fase da operação e decidiu colaborar com as investigações.

Em pronunciamento na Câmara, JHC lembrou o dia internacional da água e lamentou o gasto de mais de um bilhão de reais na obra, “há suspeitas de que esses recursos não irrigou o solo arenoso do sertão alagoano, mas irrigou as contas do petrolão, irrigou as contas dos investigados na operação Lava Jato”, disse.

A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina tenha sido distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este valor, segundo a Polícia Federal (PF), estava disponível em apenas uma das contas identificada como pertencente à contabilidade paralela da empresa.

Foram expedidos 110 mandados judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. A atual fase foi batizada de Xepa.

Além do Canal do Sertão, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, a operação também investiga irregularidades na Arena Corinthians, na Supervias, no Aeroporto de Goiânia e na Trensurb, do Rio Grande do Sul.

 “Essa obra do canal do sertão, infelizmente, teve a finalidade de engordar uma folha paralela da corrupção institucionalizada em nosso país. É lamentável que se faça fortuna em cima da corrupção, ainda mais dos que mais precisam daqueles que vivem em situação de extrema vulnerabilidade e sem água”, concluiu JHC.

Por Cada Minuto

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