Jovem Paraíbano se destaca com a criação de novo "WhatsApp"
Na cidade natal do jovem programador, com pouco mais de 9 mil habitantes, conversar na calçada, sentado em uma cadeira de balança, ainda é uma cena comum. Mas pouco a pouco, os jovens trocaram a conversa pessoal, pela virtual. Felipe conta que a paixão pela informática começou cedo, aos 13 anos, quando ganhou o primeiro computador do avô. Na época, por conta da baixa renda do pai, pedreiro, e da mãe, diarista, o jovem não tinha como acessar a internet de casa.
“A cidade naquele tempo só tinha uma lan house. Como eu não tinha internet em casa, tinha que ir na lan house pesquisar alguma coisa, colher informações, ir para casa e estudar. Salvava as informações em um CD, às vezes dava errado. Com o pouco dinheiro que tinha naquele tempo, voltava para lan house para continuar as pesquisas”, comentou.
Com a curiosidade, passou a pesquisar sobre todos os assuntos relacionados à informática e passou a ganhar dinheiro com isso. Começou gravando CDs por encomenda para os amigos, depois investiu na criação de sites, mesmo sem nunca ter feito um curso na área e estudado apenas até o primeiro ano do ensino médio.
Atualmente, a principal renda da família vem da empresa que ele montou, uma provedora de internet. De acordo com o jovem, a empresa possui mais de 300 clientes na cidade. “A gente vê grandes empresas. É difícil concorrer com essas empresas”, completou. Foram seis meses apenas de pesquisas até que o aplicativo fosse colocado para download em uma loja virtual para smartphones.
O aplicativo desenvolvido pelo paraibano, batizado de “Zap!”mescla diferentes funções de outros aplicativos de troca de mensagens. A principal delas é a da autodestruição, na qual você envia uma mensagem e pode calcular por quanto tempo ela ficará visível para os outros usuários.
No dia 17 de dezembro, quando o principal aplicativo de troca de mensagens ficou fora do ar no Brasil por decisão judicial, o número de downloads do “Zap!” aumentou em 50%. “Bombou. Só via gente adicionando e comentando que tinha encontrando uma boa alternativa, apontando os pontos positivos”, relatou o jovem. Mesmo sem ter retorno financeiro com o aplicativo, o jovem garante que vai continuar pesquisando para aprimorar o serviço. “A minha paixão por tecnologia não vai acabar nunca”, completou.
Por Sete Segundos
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