Nutricionista da Sesau explica qual a alimentação adequada para o Carnaval
A regra básica é tomar muito líquido e manter o corpo hidratado Carla Cleto e Olival Santos |
O Carnaval está chegando. É tempo de alegria e de brincadeira,
tanto para quem vai sambar na avenida, como para aqueles que preferem se
divertir nos blocos de rua, nos salões e nos trios elétricos. Apesar de
ser um momento de descontração, um descuido, principalmente com a
alimentação, pode acabar com a festa, segundo alerta a nutricionista da
Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Priscila Bernardo.
Para não cair na armadilha da má alimentação e ter que parar a
brincadeira por causa de uma infecção intestinal, uma desidratação,
indisposição e até uma ressaca, algumas recomendações simples podem
ajudar, de acordo com a profissional. “Pode até parecer exagero, mas uma
boa alimentação nesse período, que é quase uma maratona para alguns,
faz toda a diferença para não perder o pique da folia”, salientou.
Segundo Priscila Bernardo, no café da manhã, que é uma das refeições
mais importante do dia, a dica é ingerir pão ou cereais integrais
(aveia, granola, batata e macaxeira). Eles devem estar acompanhados de
queijos magros, iogurtes, frutas da época e, para beber, suco natural ou
vitamina adoçada com açúcar mascavo. “Cuidar da alimentação se torna
imprescindível para garantir o pique durante toda a folia”, recomenda.
Na hora do almoço e jantar, é indicado optar por uma refeição mais
leve, sem frituras, molhos incrementados e alimentos gordurosos, destaca
a nutricionista da Sesau. “As melhores opções são frango ou peixe,
acompanhado de uma salada colorida e arroz integral. Vale ressaltar que,
durante os quatro dias de folia, as pessoas perdem líquido e gastam
muita energia, seja em razão do calor e da atividade física intensa,
como danças e longas caminhadas para acompanhar os trios e blocos”,
pontua.
Por conta disso, orienta Priscila Bernardo, a regra básica é tomar
muito líquido e manter o corpo hidratado com água, sucos de frutas e
água de coco. Para aqueles que não dispensam bebidas alcoólicas, ela
recomenda que o ideal é intercalar um suco ou uma garrafinha de água
entre um copo e outro, e evitar estômago vazio, comendo a cada três
horas pequenas porções.
“Faça uma refeição leve antes de ingerir bebidas alcoólicas e
intercale seu consumo com água, água de coco e sucos de frutas cítricas
naturais. Essa atitude ajudará evitar os malefícios causados pela bebida
e a desidratação do organismo”, recomenda Priscila. A quantidade ideal é
a ingestão de pelo menos dois litros de líquido por dia.
Preocupação, nunca é demais – A psicanalista Rita de
Cássia, de 54 anos, costuma passar o Carnaval nas ladeiras de Olinda e
nas ruas do Recife Antigo. Acompanhada do marido e os dois filhos, ele
está em Pernambuco todos os carnavais, mas, não descuida da alimentação
durante os quatros dias de festa.
“Como foliã perco bastante líquido e gasto muita energia por causa
dos embalos do ritmo do frevo e das altas temperaturas. Por isso,
procuro manter o corpo sempre hidratado. Gosto de beber uma cervejinha,
mas intercalo com a água mineral, pois acho indispensável”, diz.
Na hora de comer, ela prefere restaurantes que ofereçam uma
alimentação leve e balanceada. “Esses locais me deixam mais tranquila em
relação aos petiscos preparados em ‘barraquinhas’, principalmente
quando não há acondicionamento térmico, visto que eles podem levar a uma
intoxicação alimentar. Gosto de me alimentar corretamente e aproveitar
os dias de folia sem maiores surpresas”, contou ela, que não vê a hora
de cair na festa.
Pequenos Lanches – De acordo com a nutricionista da
Sesau, levar lanches caseiros para a folia é uma forma de manter a
alimentação saudável, alheia aos tentadores petiscos e sorvetes vendidos
durante os quatro dias de festa. Porém, são necessários certos cuidados
com os alimentos, que devem ser adotados antes de sair de casa e também
ao chegar ao litoral, visando conservá-los de forma adequada, evitando
problemas como a intoxicação alimentar.
Para impedir qualquer tipo de mal-estar, a dica é prestar atenção na
composição do quitute e em sua necessidade de refrigeração. Isso porque,
os lanches levados à praia devem ser conservados da mesma forma como
ficam em casa. O que será consumido até uma hora, após sair de casa,
precisa ser armazenado em bolsas térmicas, que mantenham a temperatura.
Os líquidos gelados ou quentes podem ser levados em garrafas térmicas.
Entretanto, a forma de armazenamento muda se a “boquinha” for feita ao
longo do dia.
“Se o consumo ocorrer mais de uma hora depois de sair de casa, os
alimentos devem ser armazenados em um isopor com gelo”, aconselha a
nutricionista. Porém, é necessário ficar atento, pois, após o
derretimento total do gelo, a refrigeração não é completa, alerta a
nutricionista da Sesau.
Quem não quer ter trabalho, também pode apostar em alimentos pouco
biodegradáveis. Bons e saborosos exemplos são as frutas, barrinhas de
cereais sem chocolate, biscoitos integrais e alimentos caseiros que
possam ser consumidos em temperatura ambiente. “Eles podem ser
carregados em sacolas, potes ou vasilhas. Contudo, depois de abertos,
alimentos como os biscoitos devem ter a embalagem fechada hermeticamente
e consumidos em até três dias”, ressalta Priscila Bernardo.
Por Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
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