Alagoas será primeiro estado do país a ter Fundo Estadual de Promoção à Igualdade Racial
Documento chegou à ALE e vai subsidiar trabalho contra o racismo de
forma permanente e contínua, para que as ações tornem-se políticas
públicas
Trabalho contra o racismo deve ser permanente e contínuo em Alagoas Divulgação |
Para dar sustentabilidade às políticas de igualdade racial,
Alagoas terá um marco para o segmento. Será o primeiro Estado a criar um
Fundo Estadual de Promoção à Igualdade Racial. O projeto foi
apresentado recentemente na Assembleia Legislativa Estadual e vai
subsidiar uma série de ações intersetoriais contra o racismo.
O Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir),
vinculado à Secretaria de Estado da Mulher e Direitos Humanos (Semudh)
vai coordená-lo. De acordo com a coordenadora do Instituto Raízes de
África, Arísia Barros, o trabalho contra o racismo deve ser permanente e
contínuo. Criar possibilidade para que as ações tornem-se políticas
públicas é o ideal, segundo ela.
“Precisamos trabalhar durante todo o ano, não só em novembro, mês que
comemoramos a consciência negra, para que as políticas públicas de
igualdade racial sejam implantadas. Saber que o secretário da Fazenda,
George Santoro e a secretária da Mulher e Direitos Humanos, Roseana
Cavalcante, estão dando todo apoio, desde a criação do fundo, até a
efetivação dele, vem sendo fundamental”, explicou Arísia Barros.
A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) também faz a interlocução
com o segmento, a partir da criação de um espaço para uma minibiblioteca
afro, dentro da Biblioteca Pública do Estado. A previsão é que até o
próximo mês de julho ela esteja funcionando.
Outra ação do Instituto faz parceria com a Escola de Governo. A
previsão é que no segundo semestre de 2016 sejam ofertados cursos
técnicos sobre os estudos das relações étnicos raciais.
Na Segurança Pública, campanhas de esclarecimento serão realizadas no centro da capital alagoana, a partir do mês de maio.
“Vamos montar tendas, distribuiremos folhetos, para que uma vez ao
mês, possamos esclarecer que o racismo não é um problema dos negros, é
um problema social. A ideia é ter um espaço social para a desconstrução
de conceitos e preconceitos”, destacou Arísia Barros, acrescentando que o
Comitê Juventude Viva também deverá ser retomado.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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