Águas do Canal do Sertão mudam vidas de sertanejos em Alagoas
Sertanejos deixaram de procurar emprego em outros estados e passaram a trabalhar com os frutos das suas terras
    

| O Canal do Sertão proporcionou emprego e renda não apenas para os pequenos produtores rurais Tércio Capelo | 
Se um dia a água foi uma realidade distante para os sertanejos 
que sofriam com a seca, hoje ela está presente numa extensão de 93 km. O
 Canal do Sertão mudou a vida de muitos que não acreditavam mais em 
conseguir trabalhar nas terras onde nasceram. Pequenos agricultores, 
criadores de animais, que estavam com malas prontas para tentar a vida 
em outros lugares, agora fincam os pés em terra fecunda.
O cenário de animais mortos e terra rachada mudou. As pequenas 
plantações começaram a colorir o sertão, os pequenos produtores rurais 
estamparam um sorriso no rosto ao ver que sua terra era fértil e que ali
 viveriam com dignidade, trabalhando e cultivando.
Como é o caso do agricultor Cláudio Gonzaga, que não acreditava mais 
em um dia conseguir manter sua família com a agricultura. “Aqui chovia 
de ano em ano. É muito difícil pra gente, que nasce no sertão e é 
acostumado com a terra, ter que deixar, ir embora em busca de trabalho”,
 disse. “Durante muitos anos trabalhei fora: passava meses em Belo 
Horizonte, São Paulo. Hoje minha vida mudou, tenho plantações de frutas e
 hortaliças, animais, e consigo manter minha família graças às águas do 
Canal do Sertão”, colocou Cláudio.
Aos sábados, Cláudio monta sua barraca de frutas e hortaliças na 
feira na cidade de Delmiro Gouveia. “Em época boa, consigo tirar quase 
R$ 1.000,00 por semana, na feira. Normalmente minhas vendas chegam a R$ 
400,00. As pessoas procuram minha barraca porque só trabalho com frutas e
 hortaliças orgânicas”, contou o agricultor.
O Canal do Sertão proporcionou emprego e renda não apenas para os 
pequenos produtores rurais. Mais de cinco mil empregos foram gerados 
durante a construção dos trechos 1, 2, 3. Mesmo diante da crise e 
escassez no repasse Federal, hoje ainda existem em média 800 pessoas 
trabalhando na etapa final do trecho 3 e no início do 4.
Muitos desses colaboradores eram sertanejos locais desempregados, que
 viram a oportunidade de dar uma melhor qualidade de vida para sua 
família.
João Rosa Soares foi um dos contemplados com emprego através das 
obras do Canal do Sertão. Morador do município de São José da Tapera, 
ele conta que estava desempregado e passava por um momento difícil 
financeiro. Hoje ele trabalha na área de meio ambiente, na estação 
biológica de tratamento de água, no canteiro de obras do canal.
“Sou do município de São José da Tapera, trabalho no canteiro de 
obras do Canal do Sertão, na estação de tratamento de água, na área de 
meio ambiente. É um trabalho maravilhoso que realizamos aqui, nos 
conscientizamos da importância da água e passamos para estudantes que 
vem fazer pesquisas. Eu passava por um momento difícil financeiro, 
estava desempregado e minha vida mudou”, contou João Rosa.
 Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas







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