"Júri Épico" realizado em Piranhas absolve cangaceiro

Foto.: Cadu Moura 

Após dois dias de julgamento, iniciado na sexta-feira (12), o “Júri Épico” realizado em Piranhas, no Sertão alagoano, absolveu nesse sábado (13) Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, da acusação de matar e decapitar parte da família de Domingos Ventura, poucos dias depois da emboscada em que a volante da polícia matou Lampião, Maria Bonita e parte do seu bando de cangaceiro, em 1938.

A chacina ocorreu na Fazenda Patos, em Piranhas. A encenação, que teve recursos de um julgamento real, declarou Corisco inocente, por 4 votos a 3.

O júri foi realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas, com a participação de advogados, defensores públicos e o juiz federal Cleiton Ferreira, de Sergipe, além de jurados escolhidos por sorteio.

Para tornar a experiência no júri épico ainda mais envolvente, os participantes fizeram uma visita ao local onde ocorreu o crime. O júri teve como assistente de acusação do presidente da OAB/AL, Vagner Paes; o presidente da Comissão do Tribunal do Júri da OAB/AL, Hugo Trauzola, e a advogada criminalista Kyvia Maciel.

Do outro lado, atuando na defesa do cangaceiro, estiveram o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAAL), Leonardo de Morais; o presidente da Comissão de Estudos do Tribunal do Júri da OAB Pernambuco, José Rawlinson Ferraz, e os advogados criminalistas Graciele Queiroz e Welton Roberto.

Durante dos dois dias de julgamento, aconteceram palestras sobre a história do cangaço. A tarde de sábado foi destinada para aos debates entre acusação e defesa. A sentença declarando Corisco inocente das acusações foi lida pelos juízes no sábado.

O ator Jedson Carlos, de Delmiro Gouveia, representou o cangaceiro no júri, que lotou o auditório do Ifal.

“Aqui em Piranhas foi o palco do nosso júri épico, o maior evento artístico-cultural da história da OAB, um evento em que a cultura e a arte e o direito se misturam com a história do cangaço, com o turismo, com a riqueza do Sertão alagoano”, afirmou o presidente da OAB-AL, Vagner Paes. “Entregamos para a sociedade um grande evento e marcamos de uma vez por todas o calendário da Ordem com este evento, que veio para ficar. O I Júri Épico em Alagoas reescreveu um capítulo da nossa história e deixou sua marca na vida de quem compartilhou esse momento de ressignificação”.

Com informações Gazeta Web.com 

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