TĴ/AL decide pela inocência de arapiraquense condenada injustamente a 24 anos de prisão
Foto reprodução Redes Sociais |
Todos os 18 desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), por unanimidade, inocentaram Maiara Alves da Silva, alagoana que foi condenada injustamente a 24 anos de prisão por um crime de latrocínio ocorrido em Maceió e que ela não cometeu. O pleno também determinou que ela fosse indenizada pelo Governo do Estado de Alagoas, pelo erro em sua condenação.
Maiara, hoje com 30 anos, chegou a ficar presa por um ano e dois meses no Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió, e foi solta em 2020, no dia do seu aniversário, quando conseguiu provar a sua inocência de dentro do sistema prisional. Nesse período, ela perdeu a mãe, a faculdade de direito, a convivência com os três filhos e ainda os móveis da casa que foram furtados enquanto ela estava na cadeia.
Nesta terça-feira (6), os desembargadores alagoanos realizaram a revisão criminal do caso Maiara. O recurso é usado para analisar novas provas que indicam a inocência de uma pessoa já condenada pela Justiça.
O caso de Maiara Alves repercutiu em todo o país. Ela foi presa por uma sucessão de erros durante a fase de investigação. A alagoana foi apontada como participante do latrocínio que vitimou um taxista no bairro da Mangabeiras, em 2014.
No momento do latrocínio, Maiara Alves estava a mais de 130 km de distância da capital alagoana, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, onde morava. Ela se preparava para ir ao velório do pai de um amigo.
Por quatro anos, o inquérito que investigava o latrocínio e o processo do caso não trouxeram nenhuma prova que apontasse Maiara Alves da Silva como participante do crime. Uma das comparsas do latrocínio afirmou, em seu primeiro depoimento que, além dela e de dois rapazes, uma amiga sua também estava no grupo. Em seu primeiro depoimento, ela deu apenas um prenome: Maiara. E o endereço onde mora: em um bairro de Maceió.
Com informações Cada Minuto
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