Governo de Alagoas assume compromisso de combate à tortura
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O governador Paulo Dantas vai encaminhar o Projeto de
Lei que institui o Sistema Estadual de Prevenção e Combate à Tortura em
Alagoas para Assembleia Legislativa. A medida foi apresentada, nesta
quinta-feira (11), em uma reunião com o Ministério Público Estadual
(MPE) Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Justiça (TJ), OAB e
Defensoria Pública. A iniciativa com foco nas políticas de Direitos
Humanos é uma reivindicação conjunta dos órgãos. A construção foi
iniciada há alguns meses, para criar um ambiente de parceria entre o
poder público e a sociedade civil, permitindo a troca de informações e o
intercâmbio de boas práticas.
Claramente
favorável ao sistema, Paulo garantiu que vai encaminhar o mais
rapidamente possível para Assembleia o projeto e que “na mesma
velocidade que for aprovada no parlamento será sancionada quando
retornar ao Executivo”. “Esse tipo de crime é inadmissível. Vou
pessoalmente levar o projeto até a Assembleia Legislativa para explicar
os detalhes ao presidente da Casa, líderes dos partidos e demais
deputados. Sei que todos serão a favor e assim que for aprovado irei
sancioná-lo”, afirmou, reforçando sua preocupação em combater também a
violência e garantir segurança aos alagoanos.
O
desembargador Tutmés Airan, que comanda a Coordenadoria de Direitos
Humanos do TJ, ressaltou que a proposição legislativa parametrizada pelo
Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura da ONU tem a
finalidade de fortalecer a prevenção e o combate à tortura, por meio de
articulação e atuação interinstitucional. “A tortura é uma prática que
tem uma força cultural enorme, embora seja profundamente ilegal e
repugnante. É uma prática recorrente e que não tem sido combatida e a
gente tem que se contrapor a isso. Então pensamos nesse projeto de lei e
viemos pedir o apoio do governador para que ele encampe essa ideia, que
além de tudo é humanitária”, analisou.
A
promotora de Justiça Karla Padilha, representando o procurador-geral de
Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, disse que o objetivo da
criação do sistema é uma forma de criar políticas de prevenção e
combate à tortura, encaminhamento de soluções, sugestões, e propondo
reuniões que possam colocar o tema em pauta. “Temos que reconhecer a
dificuldade de encontrar formas mais eficazes de prevenir e reprimir
esse crime. E foi justamente por conta disso que decidimos seguir um
modelo nacional e que atende um perfil mais adequado que já possui
políticas de prevenção, como a expedição de recomendações e
encaminhamentos que visam o enfrentamento a essa prática”, disse.
Por Assessoria
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