Policiais militares representam a PM em homenagem da SSP-AL às mulheres da Segurança Pública


Mais de 1500 mulheres fazem parte das forças da Segurança de Pública
Mais de 1500 mulheres fazem parte das forças da Segurança de Pública
A mulher exerce importantes papéis na esfera da Segurança Pública. Seja no solo, no ar ou na água, a força feminina se faz presente e atuante no combate ao crime em Alagoas. Para celebrarmos este 08 de março, trazemos histórias daquelas que tanto fazem pelo nosso estado e pelo seu povo.

As primeiras mulheres chegaram à Segurança Pública de Alagoas em 1989, quando a Polícia Militar promoveu os Curso de Formação de Soldados Femininos (CFSd Fem) e o Curso de Formação de Sargentos Femininos (CFS Fem). Já em 1994, as primeiras praças do Corpo de Bombeiro Militar (CBMAL) abriram espaço para que hoje existam 187 mulheres no serviço dos CBMAL.

Hoje são 1639 mulheres que ocupam espaços antigamente majoritariamente masculinos. Elas comandam, delegam, estão à frente e executam suas tarefas com maestria e perfeição.

A milhas do chão

Há 15 anos trabalhando na Polícia Militar de Alagoas, a tenente Larissa é atualmente a única mulher entre os 19 pilotos do Grupamento de Operações Aéreas, antes dela, a tenente-coronel Cristiane integrava a lista de pilotos, mas hoje assume funções administrativas no CBMAL.  Ingressou na PM em 2005, atuou no 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Batalhão de Trânsito (BPTran) e em serviços administrativos da SSP, quando em 2010 surgiu o desejo de integrar o Grupamento Aéreo e cinco anos depois, Larissa passou a compor a equipe.

Tenente Larissa será a primeira comandante mulher de Alagoas | Foto: SBMO Spotter
Tenente Larissa será a primeira comandante mulher de Alagoas | Foto: SBMO Spotter

Após nove meses intensos de Curso de Piloto de Helicóptero, em São Paulo, a oficial se tornou a primeira policial militar mulher de Alagoas a pilotar uma aeronave. Durante o curso, diariamente, ela e outros agentes alagoanos realizavam voos diurnos e noturnos, sempre aliando teoria a prática. A vivência com outros militares, policiais civis e bombeiros de vários estados do Brasil propiciou um grande troca de experiências durante o tempo de formação.

Prestes a se tornar a primeira Comandante de Aeronave mulher de Alagoas, a tenente Larissa diz que se vê como inspiração para outras mulheres e que possui uma grande responsabilidade.

“Servir de inspiração para outras mulheres a trilharem seus sonhos como prova de que conseguimos tudo que quisermos é o que me motiva. Na Polícia Militar tenho a responsabilidade de fazer um belo caminho por ser a primeira mulher piloto de muitas, eu espero que outras também queiram trilhar esse caminho” afirmou a tenente.

Adrenalina e Água

Movida a viver grandes experiências cheias de adrenalina, a sargento Andreza, do Corpo de Bombeiros Militar, serve a população alagoana há mais de 13 anos. Hoje está no Grupamento de Salvamento Aquático (GSA), onde exerce a função de mergulhadora aquática, a única do estado.

Iniciou no grupamento como condutora, acompanhando os serviços dos mergulhadores de resgate. Enfrentando os desafios que a função trazia, se especializou por meio de cursos e treinamentos e assim passou a compor uma equipe que exige habilidades bem específicas.
Servir à sociedade e viver adrenalina são sentimentos que movem a Andreza | Foto: Arquivo pessoal
Servir à sociedade e viver adrenalina são sentimentos que movem a Andreza | Foto: Arquivo pessoal
Com passagens pelo Grupamento de Incêndio, projeto social Bombeiro Mirim e por serviços de gerenciamento interno da corporação, Andreza conta que a conquista do espaço feminino segue em crescimento.

“Devido ao aumento do número de mulheres que atuam com competência e profissionalismo, as dificuldades vêm diminuindo com o passar do tempo, e nós, mulheres, estamos nos fortalecendo” afirmou a mergulhadora aquática.

Vestir a farda e minimizar o sofrimento do outro são sensações que motivam Andreza, que a todo tempo é grata por servir a sociedade.

“O que me encoraja todos os dias é a sensação gratificante de cumprir a missão de servir a sociedade, o orgulho ao falar que sou bombeira, de me sentir bem e em casa”, disse.

De sangue militar

Nascida em berço militar, onde o pai foi major do Corpo de Bombeiros e neta de um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, a soldado Fernanda, que ingressou na PM em 2016, conta que as solenidades, formaturas, desfiles e a própria farda sempre despertaram seu encanto quando criança.

Atuando na 5ª Seção, Fernanda consegue unir suas duas profissões | Foto: Arquivo pessoal
Atuando na 5ª Seção, Fernanda consegue unir suas duas profissões | Foto: Arquivo pessoal

Esteve lotada no Batalhão de Polícia de Trânsito (BTran) e no Centro de Operações Policiais Militares (Copom). Atualmente na 5ª Seção da PM, setor responsável pela comunicação da força, Fernanda atua no Núcleo de Jornalismo, aliando suas duas paixões, o serviço de comunicóloga e militar.

“Antes de ser policial, já era jornalista. Sou graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Alagoas desde 2010 e pós-graduada em Assessoria de Imprensa pela mesma instituição, já atuei com assessoria na iniciativa privada, com comunicação pública e televisão. Na Assessoria de Comunicação da PM pude unir minhas duas profissões e isso para mim é uma honra”, afirmou a policial.

Camaradagem e respeito com os demais companheiros militares são coisas que marcam a trajetória de formação e trabalho da policial. Fernanda afirma que o seu maior desafio é conciliar a rotina da PM com as obrigações da maternidade – educar e acompanhar o crescimento de seus dois filhos – e que, ao mesmo tempo é sua maior motivação.

Compor uma instituição quase bicentenária é uma honra para todas que dela fazem parte, com a Fernanda não é diferente.

“Ser uma policial feminina é representar uma categoria nobre de bravas guerreiras que além de combatentes são mulheres, filhas, mães, esposas que se empenham dia a dia para elevar o nome da nossa Briosa. Tenho muito orgulho da farda que visto e consciência da responsabilidade que ela me traz”, afirmou.

Ciência e Segurança

Admiradora da ciência e de todo o poder que ela possui, Lídia Tarchetti deixou a pesquisa sobre as práticas agrícolas e os impactos na qualidade do ambiente e passou a se dedicar a ciência forense, trabalhando na produção de provas materiais com a utilização de conhecimentos técnico-científicos, procedimentos, metodologias e ferramentas a fim de esclarecer crimes.

Há mais de cinco na Perícia Oficial de Alagoas, a perita em documentoscopia, trabalha em conjunto com mais três mulheres peritas criminais. O trabalho da Lídia e das demais mulheres é essencial para o andamento de processos, materializando e fornecendo laudos dos crimes que ocorrem em Alagoas. Análises de autenticidade e autoria de grafismos são apenas alguns dos processos realizados durante o processo de perícia.
Lídia acredita no poder da ciência forense para elucidar crimes Foto: Rosana Frota
Lídia acredita no poder da ciência forense para elucidar crimes Foto: Rosana Frota
Em consonância com os valores e princípios da administração pública, Tarchetti afirma que o trabalho pericial apresenta uma importância extrema para toda a sociedade.

“Muitos casos que tive a oportunidade de participar no Setor de Documentoscopia fizeram diferença para o cidadão que buscou ver a verdade materializada no laudo pericial. Sou admiradora e acredito que cada área da perícia é importante e necessária para promover cidadania, justiça e garantia de direitos”, disse a servidora pública.

Ao lado da Justiça

Concurseira nata, mãe e esposa, Valéria Maciel, é escrivã de polícia há seis anos e diz que não dimensionava o trabalho que faria na Policia Civil. Atualmente como chefe do cartório da Delegacia Especializada de Roubos da Capital (DERC), ela já atuou em outras delegacias especializadas, na Central de Flagrantes e em delegacias distritais.

Apaixonada pelo serviço que presta, Valéria já havia passado por áreas como educação e saúde, mas foi fazendo um trabalho ao lado da Justiça que ela encontrou sua realização profissional, em ambiente plural, onde consegue desempenhar seu papel sem sofrer nenhum tipo de preconceito.

“Na Polícia Civil encontrei minha realização profissional, e o que me motiva a continuar é o fato de me sentir parte do processo de justiça e ser capaz de dar um pouco de esperança às vitimas ou a seus familiares. Seja devolvendo um bem roubado, seja elucidando um caso de homicídio, latrocínio ou qualquer outro crime”, afirmou a escrivã.
Valéria diz que se encontra realizada profissionalmente dentro da Polícia Civil | Foto: Arquivo pessoal
Valéria diz que se encontra realizada profissionalmente dentro da Polícia Civil | Foto: Arquivo pessoal
Para o secretário da pasta, Lima Júnior, o papel da mulher dentro da esfera da Segurança Pública é essencial e o reconhecimento pelo trabalho exercido é fundamental para que ele continue sendo executado ao modo que é feito hoje.

“Temos 1639 mulheres atuando diariamente, seja nas ruas, em serviços administrativos, salvando vidas e elucidando casos, é um número bastante significativo. Meu desejo hoje é de parabenizá-las e agradecê-las pelo empenho que trabalham por Alagoas”, completou.

Por Ascom PM/AL

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