Sesau distribui 1,4 milhão de camisinhas e reforça importância do sexo seguro em Alagoas
Foliões podem obter preservativos em vários pontos do estado Olival Santos |
Durante
as prévias e o Carnaval, um dos períodos mais aguardados do ano para
quem viaja ou festeja, muitos foliões acabam se esquecendo de um item
importante: o preservativo. A “camisinha” é o método mais seguro de
prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), além de ser uma
forma eficaz de impedir uma gestação não programada. A Secretaria de
Estado da Saúde (Sesau) distribiu, somente para o período carnavalesco
de 2019, 1,4 milhão de preservativos aos 102 municípios alagoanos.
É
preciso ficar atento para aproveitar ao máximo a folia, evitando que a
lembrança da maior festa popular brasileira fique manchada por descuidos
pessoais. O alerta é da assessora técnica da Sesau Jackeline Targino,
que enfatiza que, além da Aids, a herpes, sífilis e clamídia são também
preocupantes, uma vez que podem gerar consequências sérias, desde
deformações à infertilidade. “Além da Aids, há outras IST que
comprometem a saúde e agem silenciosamente. As IST não se resumem ao HIV
e HPV”, reforçou.
A
camisinha tem um papel a cumprir diante do papiloma vírus humano (HPV),
responsável pela maioria dos casos de câncer de colo de útero nas
mulheres e outros problemas nos homens, como a formação de verrugas no
pênis. Apesar de a vacina ser a forma mais eficiente de frustrar o
ataque do vírus, a camisinha ajuda a diminuir o risco de contágio, desde
que seja utilizada corretamente.
“É
necessário curtir o Carnaval com responsabilidade e todo ato sexual
deve ser praticado com proteção. O risco de contrair alguma IST ocorre
nos três tipos de relações sexuais: oral, vaginal e anal, sendo o último
o de maior risco”, alertou Jackeline Targino.
Nos
dias das folias carnavalescas, a Sesau irá disponibilizar as camisinhas
de forma gratuita nos postos de saúde dos 102 municípios do estado,
além de dispensadores nos Shoppings Miramar, Maceió e Pátio, no Terminal
VLT, Terminal Rodoviário de Maceió, Feirinha do Artesanato da Pajuçara,
além do Garden Shopping, em Arapiraca. Já durante o tradicional bloco
pré-carnavalesco Pinto da Madrugada, que vai desfilar pela orla de
Maceió neste sábado (23), a Sesau implantará dois totens para que os
foliões curtam a festa de maneira tranquila e segura.
“O
uso do preservativo ainda é a alternativa mais eficaz e segura na
prevenção das IST, da Aids e da síndrome congênita decorrente da
infecção pelo Zika vírus. Por isso, a estratégia de distribuição de
camisinhas em pontos de grande concentração de pessoas nesta época do
ano é fundamental”, avaliou Jackeline Targino.
Conforme
dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em
2018 Alagoas registrou 424 casos de Aids e 1.320 de sífilis. Enquanto os
casos de infecção pelo vírus, que é quando a doença ainda não se
manifestou, foram 909. “Além dos preservativos que os municípios já
recebem, haverá um aporte extra para aquelas cidades turísticas em que o
número de visitantes aumenta significativamente durante o período de
Carnaval”, destacou.
Prevenção
Ao
contrário da camisinha, que evita o contato com o vírus presente no
sêmen durante a relação sexual, a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) atua
quando a pessoa já foi exposta ao vírus ou tem suspeita de exposição. É
importante lembrar que, além do preservativo, outras medidas como não
compartilhamento de seringas ou de material em contato com sangue também
são importantes para evitar a infecção pelo HIV no decorrer da folia de
momo.
“Digamos
que, mesmo com todos os cuidados necessários para evitar a infecção,
você teve um possível contato com o vírus. É ai que a PEP entra: são
comprimidos antirretrovirais que devem ter a primeira dose tomada entre
as duas primeiras horas após a exposição e o prazo máximo de 72 horas
depois. Para garantir a eficácia do procedimento, a medicação deve ser
utilizada pelos próximos 28 dias consecutivos, sem interrupções. Já o
acompanhamento por uma equipe de saúde acontece durante 90 dias e as
testagens para verificar a sorologia da pessoa exposta devem ser feitas
30 e 90 dias depois da possível infecção”, explicou Jackeline Targino.
Ela
acrescentou que, quando uma pessoa chega até uma unidade de saúde
dentro do período considerado eficaz para tratamento com PEP é preciso
investigar como e quando ocorreu a exposição e as condições sorológicas
das pessoas envolvidas. Ou seja, se pelo menos uma delas é positiva para
HIV ou não. Contato com suor, lágrima, fezes ou urina, vômitos,
secreções nasais e saliva não oferecem risco de transmissão se não
tiverem presença ou vestígio de sangue. Por isso, não há a necessidade
de procurar o serviço.
De
acordo com a assessora técnica da Sesau, oito unidades de referência
estarão de plantão no Carnaval para oferecer a PEP aos foliões que
tiverem algum acidente com a camisinha durante a relação sexual. O
atendimento estará à disposição nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA)
do Trapiche da Barra e do Benedito Bentes, Hospital Escola Helvio Auto
(HEHA), Maternidade Escola Santa Mônica e Hospital Geral do Estado
(HGE), em Maceió; na UPA de Palmeira dos Índios; Hospital Regional
Doutor Clodolfo Rodrigues de Melo, em Santana do Ipanema; e Unidade de
Referência Pós-Exposição de Delmiro Gouveia. “Essas unidades estão com
equipes médica e de enfermagem capacitadas para o tratamento com PEP e
também para a realização de teste rápido”, afirmou Jackeline Targino.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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