Encanadoras da Casal são exemplo de força em área dominada por homens
Casal incentiva o destaque das mulheres no ambiente de trabalho Fotos: Ascom Casal e arquivo pessoal |
Visando valorizar a figura feminina e toda sua luta ao longo dos
anos, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) acompanha a
trajetória da mulher em seu desenvolvimento na sociedade e incentiva o
destaque delas no ambiente de trabalho.
A prova disso são as mulheres que atuam dentro de um campo
predominado por homens ao longo dos anos, revelando que a empresa vem
evoluindo junto com suas funcionárias, permitindo e dando espaço para
que cresçam cada vez mais.
Apesar do incentivo, o número de mulheres que trabalham no setor de
saneamento em campo ainda é pequeno comparado ao número de homens.
A funcionária Islania Pereira Cavalcante, de 29 anos, é um exemplo
disso. Ela é a única mulher que exerce a função de encanadora na Casal
em São José da Tapera, onde está há dois anos.
Como poucas no Brasil, Islania optou pela função que menos
interessava às mulheres no concurso de 2014 da Companhia. Apesar de
nunca ter trabalhado na área, ela teve que realizar uma prova prática
para ser aprovada na função.
Desde que começou, ela vem desempenhando um bom trabalho e conta que o
exercício da função não é difícil, e que o fato dela ser mulher nunca a
impediu de realizá-lo. “Para mim, é um trabalho normal, como qualquer
outro. No início, toda área que a gente vai assumir tem suas
complicações, mas a equipe que me recebeu foi maravilhosa, e hoje é
rotina”, declarou ela.
A encanadora revelou que não teve nenhuma motivação especial para
escolher essa função no concurso, já que sua formação é na área da
educação. “Eu sou licenciada em Física e faço pós-graduação na área de
Ciências. Eu escolhi essa profissão no momento da inscrição, mas eu
estou disposta a buscar algo melhor”, disse.
A funcionária Maria José Cavalcante Santos Soares, de 35 anos, é
outro exemplo. Lotada no município de Santana do Ipanema, ela também
prestou o concurso de 2014 e entrou em 2016 na Unidade de Negócio Bacia
Leiteira, da Casal.
Atualmente, Maria José preenche o cargo de supervisora de Cadastro,
mas exerceu a função de encanadora por um ano e cinco meses antes de
tornar-se supervisora. Apesar de estar em um cargo de chefia, ela vai a
campo todas as sextas-feiras.
A supervisora falou sobre como é ser parte de uma profissão dominada
por homens. “Eu sabia o que eu iria encontrar, imaginava que seria
difícil. Mas não encontrei dificuldade, porque tive ótimas pessoas para
me instruir. É um serviço que pode ser executado por qualquer mulher.
Claro que ela não tem a força física de um homem, mas nós temos a mesma
capacidade de executar o serviço. Fácil não é, mas é possível,"
salientou.
Apesar de também ter formação em outra área, a de Matemática, Maria
revelou que teve uma motivação especial para escolher essa função. “Meu
pai é ex-funcionário da Casal e exercia a função de encanador. Por isso
eu sabia os benefícios que a empresa oferecia e decidi prestar o
concurso”, contou.
Ela conta que o trabalho não é difícil e nunca foi apontada de forma
negativa por realizar esse serviço. “Sempre gostei de trabalho de campo.
Eu me adaptei rápido às atividades de encanadora. Nunca recebi
diferença dos colegas, foi supertranquilo”, disse.
Fora dos muros
Apesar de ser a única mulher da região na função, Islania conta que
nunca recebeu tratamento diferenciado por exercer uma atividade dominada
por homens. “Ninguém nunca fez nenhum comentário sobre isso. Pelo
menos, não na minha frente. Todo mundo sempre tratou com normalidade",
lembrou.
Já Maria José afirma que houve um certo estranhamento, tanto de
pessoas próximas, como de alguns clientes da empresa, mas que nunca
recebeu tratamento repulsivo. “Alguns clientes questionavam: É ela que
vai fazer? Mas não em tom de reclamação, em tom de admiração”, falou a
supervisora de Cadastro a respeito do período em que trabalhou como
encanadora.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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