Tal mãe, tal filho: jovem policial segue os passos da mãe na PMAL
Mãe foi surpreendida com a notícia do primogênito, na época com 17 anos e tinha acabado de terminar o Ensino Médio, em prestar um concurso público para PM Foto: Arquivo Pessoal |
O garotinho de nove anos de
idade, Yan Augusto Macena, presenciou com encantamento a experiência de
ver sua mãe se tornar policial militar do Estado de Alagoas. A garra,
força de vontade, dedicação e profissionalismo com que exercia suas
funções na corporação fizeram com que o menino crescesse com o desejo de
um dia seguir seus passos.
Hoje aos 22 anos, o soldado atua no
Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), enquanto, sua genitora, a cabo Eva
Macena, de 46 anos, está lotada no Batalhão de Polícia de Guardas
(BPGd).
Natural da cidade de Natal, no Rio
Grande do Norte, Eva tinha o sonho de se tornar policial militar desde a
adolescência. No início da maioridade, ela trabalhou como agente
contratada no Presídio Feminino Santa Luzia, na capital alagoana,
fortalecendo ainda mais o seu desejo. Em 1999, ela foi proibida por sua
família de tentar o concurso, já que eles não viam com bons olhos a
futura profissão da filha, só em 2006 seu objetivo foi então alcançado.
“A sociedade evoluiu muito, hoje a
mulher atua em diferentes profissões. Na época que expressei o desejo de
ingressar na Polícia Militar, meus pais foram contra e nem de longe
sonhavam em ver a filha nas fileiras da corporação. Cada dia se torna
mais natural a escolha de uma mulher em ser tornar policial, e eu tive
forças para insistir em meu sonho, porque enxerguei claramente que devia
buscar, além de oportunidades pessoais, condições melhores para meus
dois filhos. Sou uma pessoa realizada como profissional e como mãe”,
assegurou emocionada a militar.
Uma rotina dupla, cansativa e que
exige muita dedicação e coragem para vencer os obstáculos, preconceitos e
seguir em frente, sempre. Ser mãe está longe de ser uma tarefa fácil,
mas o amor inexplicável pelos filhos é o maior combustível para
continuar na luta.
“Os primeiros anos de trabalho na corporação foram bem difíceis.
Tinha além do Yan, uma menina de seis anos, Juliana Kelly, que precisava
de minha atenção. Sempre estávamos juntos, e aí comecei a ficar um
tempo maior sem eles para trabalhar. Mas todo o esforço é válido quando
recebemos o abraço e o amor ao retornar de um serviço. Como policial e
mãe, as tarefas são numerosas e a responsabilidade redobrada”, explica.
Toda a rotina da cabo Eva Macena era
acompanhada de perto pelos filhos, especialmente, pelo mais velho, que
observava a mãe, admirado. “Ela sempre foi a minha “super-heroína real”.
Eu sempre olhava ela fardada, saindo de casa, pronta para defender o
desconhecido. Desde criança, eu pensava comigo que queria também fazer
parte desse universo”, lembra Yan Augusto.
Oportunidade
A mãe foi surpreendida com a notícia
do primogênito, na época com 17 anos e tinha acabado de terminar o
Ensino Médio, em prestar um concurso público para ter uma experiência em
certames. Assim, o menino iniciava sua trajetória, e ao ser aprovado
aumentava ainda mais o desejo de seguir os passos dela na carreira.
“Jamais imaginava que ele estaria na
Polícia Militar, pois ele esperou um ano e três meses para ser
convocado, e hoje ele está seguindo a mesma profissão que eu, é
gratificante”, avalia Eva Macena.
O soldado Yan Augusto destacou que
durante o estágio supervisionado, no curso de formação, ele teve a
primeira experiência de trabalhar lado a lado com sua mãe. Depois de
formado, em 2013, ainda teve o privilégio de destacar na mesma Unidade
Operacional que ela, no BPGd, porém a mãe na parte administrativa e ele
na atividade fim, na operacionalidade.
“A minha mãe é para mim um exemplo de
profissional e ser humano. Sempre elogiada por sua postura e
comprometimento nas missões em que é designada. Eu e minha irmã temos um
imenso orgulho da mulher, mãe, filha, esposa e militar que ela é.
Simplesmente é tudo para mim, para nós”, resume Yan.
Não será surpresa se Juliana Kelly,
em breve, se tornar uma policial ou bombeiro militar, já que a jovem de
18 anos está estudando com afinco para também prestar o concurso já
anunciado pelo Governo do estado, e assim a família terá uma nova
integrante nas fileiras milicianas.
Por Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
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