Jovem negra, de baixa renda e da rede pública passa em 1º lugar no vestibular de Medicina na USP

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“A casa grande surta quando a senzala vira médica“. Essa foi a frase escolhida por Bruna Sena, jovem paulista de 17 anos, para dar a grande notícia: ela é a primeira colocada no vestibular de Medicina da USP de Ribeirão Preto, o mais concorrido do país, com 75,58 candidatos por vaga este ano.

Criada apenas pela mãe, uma operadora de caixa de supermercados que recebe menos de dois salários mínimos por mês, Bruna estudou a vida inteira em escola pública e sempre foi ótima aluna, nunca tirando uma nota abaixo de 9. E tudo isso feito com esforço dobrado, segundo a própria mãe, Dinália Sena, que contou à Folha de S. Paulo que a luta começou no momento do parto de Bruna, que nasceu prematura e teve de ficar 28 dias internada.

Sem nenhum luxo e direcionando grande parte da renda para a educação da filha, a mãe teme agora que ela sofra com o racismo que, infelizmente, ainda circula nos corredores das universidades brasileiras (essa e essa matéria do Hypeness são bons exemplos disso).

A adolescente, que é engajada em diversas causas como o empoderamento feminino, a liberdade de gênero e o movimento negro, conta que o desejo de cursar Medicina veio somente no último ano, por influência dos professores do cursinho popular que fez, comandado pelos próprios alunos da USP.
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Bruna ainda não sabe qual especialidade quer seguir, mas sabe que quer ajudar pessoas de baixa renda.

Por Portal Terra

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