Em Piranhas FPI descobre despejo de esgoto dentro de Parque ecológico
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Imagem Ascom MPE/AL |
O Parque Ecológico Municipal Pedra do
Sino é uma das mais importantes unidade de conservação ambiental do
Sertão alagoano. Localizado no município de Piranhas, a área de 22
hectares é de grande importância para a conservação do bioma da
Caatinga. Entretanto, essa pequena reserva ecológica está ameaçada. A
Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco da Tríplice
Divisa (FPI), por meio da equipe de Saneamento e Abastecimento,
descobriu o despejo de esgoto de um bairro inteiro no riacho que corta o
parque.
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Imagem Ascom MPE/AL |
A coordenação da equipe confirmou que a
responsabilidade é da Prefeitura de Piranhas, que vai receber
notificação e, posteriormente, pode ser multada se a questão não for
sanada.
A descoberta aconteceu depois de uma
denúncia de moradores da região, que já vinham revoltados com o crime
ambiental. Logo que receberam a informação, os técnicos da FPI foram ao
parque e estranharam fato do riacho está cheio e com água corrente,
quando, devido a época do ano, deveria estar seco. Ao investigarem o
início do problema, a Fiscalização descobriu que a estação de tratamento
de Piranhas não está funcionando e todos os dejetos do esgoto
domésticos estão sendo despejado dentro do parque ecológico.
“A Estação de Tratamento de Esgoto da
cidade está paralisada. Então, os efluentes estão sendo canalizados para
o riacho, o que é um absurdo. É um crime ambiental grave, que ganha
tons ainda mais fortes quando está sendo cometido contra uma unidade de
preservação ambiental”, explicou a coordenação.
A FPI irá notificar a prefeitura de
Piranhas pedindo a imediata solução do problema. “É preciso solucionar
isso, antes quebo dano ao bioma do parque seja irreversível”, alertou a
Secretária de Estado da Saúde.
O parque abandonado
O parque se transformou em uma unidade
ecológica de responsabilidade da prefeitura do município de Piranhas por
volta de 2011. De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC), a classificação na categoria de parque tem como
objetivo a preservação de um ecossistema natural de grande relevância
ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas
científicas e o desenvolvimento de atividades educativas, recreativas e
turísticas em contato com a natureza.
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Imagem Ascom MPE/AL |
O Parque Ecológico Municipal Pedra do
Sino faz parte das 53 áreas de preservação da Caatinga no Nordeste. Ele
deveria ter uma estrutura de guias e guardas municipais responsáveis
pela condução dos visitantes à trilha da Pedra do Sino, além da
sinalização de área que, além do riacho, também possui uma pequena queda
d´água e uma diversidade de 60 espécies vegetais, três espécies de
serpentes, diversos pássaros, roedores, répteis e animais da Caatinga em
geral.
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“Não constatamos quase nada disso aqui. O
parque nem parece uma unidade ecológica. As pessoas vêm aqui mais para
farra do que para conhecer o meio ambiente. E agora a gente descobre
esse esgoto para agravar a situação. Isso não pode acontecer. Adoece a
natureza, adoecemos nós”, lamentou a coordenação.
Por Ascom MPE/AL
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