Estudante alagoano é morto pela polícia após furar blitz na Paraíba
Alagoano foi baleado após supostamente furar uma blitz no bairro de Manaíra nessa sexta-feira à noite
Cícero Maximino da Silva Júnior, |
O universitário alagoano Eduardo Júnior foi morto a tiros, nessa
sexta-feira (22) à noite, no bairro de Manaíra, na Paraíba, após,
segundo a Polícia Militar (PM), furar uma blitz. A morte gerou comoção
nas redes sociais.
A versão oficial apresentada pela Polícia Militar é de que o estudante
não atendeu a uma ordem de parada e furou uma barreira policial. A
vítima foi, então, atingida por um disparo que teria acertado a cabeça.
Eduardo Júnior chegou a ser encaminhado para o Hospital de Emergência e
Trauma Senador Humberto Lucena, mas morreu antes de receber atendimento
médico.
O estudante cursava Fisioterapia na Faculdade Maurício de Nassau, em
Maceió, e, na última quinta (20), publicou nas redes sociais que estava a
caminho da Paraíba. A instituição informou que vai aguardar a apuração
dos fatos para poder se pronunciar.
Nas redes sociais, eram muitos os comentários sobre o episódio. "Não dar
(sic) pra acreditar. Dudu tão lindo, tão gente boa, tão dedicado ao
curso que ele escolheu, tão cheio de vida", lamentou um internauta na
página de Eduardo Júnior.
"Se os homens da terra não fizerem justiça, Deus com todo seu poder
fará! Certamente que, Dudu se eternizará em nossos corações", comentou
outro internauta.
Embora a Polícia Militar (PM) afirme ter encontrado um revólver
calibre 38 com o universitário alagoano Cícero Maximino da Silva Júnior,
conhecido como Eduardo Júnior, morto no bairro de Manaíra, na Paraíba,
nessa sexta-feira (22), após supostamente furar uma blitz, o condutor da
motocicleta em que o estudante estava negou à TV Cabo Branco que eles
estivessem armados.
Nesta tarde, a produção da TV Cabo Branco e os portais de notícias Gazetaweb,
Jornal da Paraíba e G1/PB tentaram contato telefônico com o ocupante da
motocicleta - que pediu para não ser identificado. À produção da TV
Cabo Branco, ele afirmou que Eduardo Júnior estava desarmado e que os
celulares encontrados pela polícia pertenciam aos dois amigos. Em
seguida, ele desligou o telefone celular.
De acordo com ele, os
dois passeavam pela orla de Manaíra e não perceberam a ordem de parada
dada pela polícia. O condutor da motocicleta relata que percebeu um
forte impacto e que, em seguida, o amigo caiu da motocicleta. Ele relata
que chegou a voltar para tentar socorrer Eduardo Júnior, mas diz que
foi impedido pelos policiais que estavam no local.
A versão oficial apresentada pela Polícia Militar é de que o estudante não atendeu a uma ordem de parada e teria sacado uma arma - um revólver calibre 38 - contra os policiais. A vítima foi, então, atingida por um disparo que teria acertado a cabeça.
A versão oficial apresentada pela Polícia Militar é de que o estudante não atendeu a uma ordem de parada e teria sacado uma arma - um revólver calibre 38 - contra os policiais. A vítima foi, então, atingida por um disparo que teria acertado a cabeça.
Polícia Militar afirma que encontrou revólver calibre 38 com universitário FOTO: Reprodução/G1/PB |
Eduardo
Júnior chegou a ser encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma
Senador Humberto Lucena, mas morreu antes de receber atendimento médico.
O
estudante cursava Fisioterapia na Faculdade Maurício de Nassau, em
Maceió, e, na última quinta (20), publicou nas redes sociais que estava a
caminho da Paraíba. A instituição informou que vai aguardar a apuração
dos fatos para poder se pronunciar.
Confira nota divulgada pela Polícia Militar:
NOTA
A
Polícia Militar vem a público informar que sobre a ocorrência da blitz
do bairro de Manaíra, realizada na noite dessa sexta-feira (21), em João
Pessoa, quando dois homens em uma moto tentaram atropelar os policiais
que realizavam a ação e um dos ocupantes teria tentado sacar uma arma
contra um PM que reagiu, segundo a versão dos participantes da blitz, o
fato já está sendo acompanhado pela Polícia Civil, a quem foi entregue a
arma apreendida no local do fato e apresentado para prestar
esclarecimentos o policial que reagiu contra a ação da dupla.
O
local escolhido para a referida blitz atendeu aos casos e denúncias de
assaltos que vinham sendo registrados nos últimos dias nos bairros de
Manaíra e Bessa, que tinham como suspeitos homens de moto, situação que
também deve ser investigada, já que na bolsa de um deles foram
encontrados celulares e documentos de terceiros.
A
Polícia Militar vai esperar a conclusão dos procedimentos de praxe que
são realizados em casos como esses e está prestando toda a assistência
jurídica e psicológica para o policial que estava na situação, refutando
desde já qualquer julgamento que não seja com base em provas e
procedimentos previstos em lei, como vem sendo especulado desde o
momento do fato.
Por Gazeta Web
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