Na contramão da crise, RF tenta reabrir fábrica da Pedra e evitar fechamento de novas usinas
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Imagem Fábrica da Pedra/ Imagem Google |
Demorou, mas Alagoas começou a sentir fortemente o efeito da crise na
economia. Em abril, pelo quinto mês consecutivo, segundo dados do
Caged, o Estado perdeu postos formais no mercado de trabalho.
Estancar a sangria no desemprego, não é tarefa fácil. A atração de
novas empresas, também prejudicada pela crise, é um caminho que só trará
resultados no médio e longo prazos. Talvez por isso, Renan Filho tenha
mudado de estratégia no tratamento deste problema. A prioridade do
governador, agora, é evitar o fechamento de novas empresas no estado,
especialmente as maiores geradoras de mão de obra.
Renan Filho coordena nacionalmente um esforço para assegurar a
liberação de um empréstimo internacional de US$ 500 milhões (R$ 1,8
bilhão) para usinas de cana-de-açúcar do estado. A operação está na fase
final de avaliação pelo Credit Swiss Bank e pode sair nas próximas
semanas.
Sem o financiamento, pelo menos metade das usinas de Alagoas que
operaram na safra 15/16 corre fisco de não entrar em operação na próxima
moagem. Com o crédito, as empresas devem iniciar uma fase de
recuperação, a partir da renovação dos canaviais.
O governador também passou a cuidar pessoalmente da paralisação da
Fábrica da Febra. Desde 28 de março a indústria está fora de operação,
depois que sofreu corte no fornecimento de energia.
Renan Filho procurou diretores do Grupo Carlos Lyra, controlador da
fábrica, e colocou o governo à disposição para encontrar uma solução que
assegure a volta á atividade da indústria no menor espaço de tempo. A
fábrica, maior indústria do sertão do Estado, como se sabe, tem cerca de
600 funcionários diretos e todos eles estão em férias coletivas há
quase dois meses.
O governador também atua em outras frentes para tentar reabrir a
Usina Guaxuma, que pertence a massa falida da Laginha Agroindustrial, e a
Usina Triunfo, que pertence à família Tenório.
Para Renan Filho, a reabertura ou manutenção em atividade de grandes
indústrias é melhor caminho para estancar o crescimento do desemprego no
estado. A tarefa não é fácil. O governador e sua equipe terão que ter
muita criatividade e emprenho para conseguir reverter a desativação de
empresas em plena crise.
Por Edvaldo Junior/ Gazeta Web
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