Após criar moeda própria, cidade do Piauí não registra assalto há um ano

 A vida no pequeno município é bem diferente da maioria das cidades. A tranquilidade que é motivo de orgulho para os moradores. 
 
 "cocal"


A cidade piauiense de São João do Arraial, com apenas 7.337 e que fica localizada a 253 km de Teresina, não registra homicídio e assaltos há pelos menos um ano, mesmo com o efetivo policial sendo de apenas três homens. Segundo os moradores e a polícia, o motivo de tanta calmaria seria a criação da própria moeda que movimenta a economia da cidade, o "cocal".

A vida no pequeno município é bem diferente da maioria das cidades. A tranquilidade que é motivo de orgulho para os moradores. “Me sinto segura, a gente anda a noite, anda de bicicleta na rua e é bom demais”, disse a aposentada Cesarina Borges.

A dona de casa Francisca das Chagas Mesquita garantiu que não tem preocupação com a violência que atinge outras cidades. “Ainda não tem essas violências que não dê de dormir com a porta aberta, não”, afirmou.

O cocal é uma moeda que só circula no município. Com esse dinheiro as pessoas pagam conta, recebem salário, bolsa família e até fazem empréstimos. “Uma moeda segura, porque, inclusive, ela é aprovada pelo banco central e para cada cocal circulando em nosso município nós temos um real no banco dos cocais”, relatou João Alves da Cruz, controlador do município.

Cocal
 
A moeda tem o mesmo valor do real, mas com maior poder de compra graças aos descontos oferecidos em todos os estabelecimentos comerciais do município. Se um produto custa R$ 10, pagando com a moeda social, custará C$ 9. O desconto é possível porque, para cada cocal emitido, há um lastro de um real garantido pela organização financeira comunitária.

As cédulas são estampadas com ícones da cultura e economia local, além possuir um selo que dificulta a sua falsificação. De acordo com o coordenador Mauro Rodrigues, o banco tem o custo de R$ 0,15 por moeda fabricada, além de arcar com o transporte desde Fortaleza, onde está a gráfica de confiança do Instituto Palmas, gestor e certificador de bancos comunitários no Brasil, e responsável pela impressão das notas.

Por G1

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