Seagri discute parceria com universidade dos EUA em projetos de aquicultura

Desenvolvimento da piscicultura no Canal do Sertão e da pesca esportiva no Rio São Francisco terão apoio de técnicos da Universidade de Auburn
 
Especialistas estrangeiros conheceram a unidade depuradora de ostras no município de Coruripe, coordenada pela Seagri e pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade
 Especialistas estrangeiros conheceram a unidade depuradora de ostras no município de Coruripe, coordenada pela Seagri e pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade Ascom/Seagri
Uma comitiva da Universidade de Auburn, no Alabama (EUA), visitou o Estado de Alagoas nesta semana para trocar experiências e passar conhecimentos em aquicultura aplicados naquele país, com atenção especial para o cultivo de ostras. A visita foi promovida pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), em parceria com o Sebrae e com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri).

Na segunda-feira (11), a comitiva comandada pelo professor doutor William Walton foi recepcionada no município de Porto Real do Colégio, na região do Baixo São Francisco, e conheceu empreendimentos no cultivo de ostras no lado alagoano e no lado sergipano do Velho Chico. No dia seguinte, os especialistas estrangeiros conheceram a unidade depuradora de ostras no município de Coruripe, coordenada pela Seagri e pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). De acordo com o assessor especial da secretaria, Edson Maruta, os americanos ficaram interessados pelo sistema de operação da unidade.

“A equipe da Universidade de Auburn realizou uma visita técnica à depuradora, onde fizeram muitas observações quanto ao aperfeiçoamento das práticas desenvolvidas no local, inclusive com relação às estratégias de logística de armazenamento e comercialização dos produtos”, explicou Maruta.

Ainda na terça-feira (12), os técnicos do Alabama estiveram reunidos, em Maceió, com o secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, para discutir projetos voltados para a aquicultura alagoana. “Por determinação do governador Renan Filho, estamos realizando um diagnóstico para o desenvolvimento da pesca e da aquicultura do Estado”, disse o secretário. Na reunião com os americanos, Vasconcelos apresentou a possibilidade de parcerias em três linhas de ação.

“Podemos trabalhar na retomada das pesquisas em reprodução e produção de larvas do camarão pitu no Centro Xingó de Convivência com o Semiárido, em Piranhas. Também discutimos o apoio da universidade no desenvolvimento da pesca esportiva ao longo do rio São Francisco, uma vez que o Estado do Alabama tem grande experiência nesse segmento. Por fim, iniciamos as conversas para execução de projetos para estruturar a atividade da piscicultura ao longo do Canal do Sertão”, disse o secretário.

Ostreicultura

Na quarta-feira (13), a Seagri, o Sebrae e a Codevasf realizaram o seminário sobre experiências exitosas e casos de sucesso na ostreicultura brasileira. Técnicos de todo o Brasil participaram do encontro, bem como a comitiva de especialistas da Universidade de Auburn, que apresentaram o processo de implantação do cultivo e pesquisa em ostreicultura no Golfo do México, onde 16 empreendimentos nessa atividade foram instalados desde 2008. O fomento e a incubação de empresas, bem como as pesquisas na melhoria genética das sementes de ostras brasileiras também foram tema de discussão.

Segundo o coordenador de Revitalização da Codesvasf nacional, Eduardo Motta, a visita da equipe coordenada pelo professor William Walton serviu como incentivo ao crescimento da aquicultura na Bacia do São Francisco.


 “Eles ficaram admirados com o que viram, mas apontaram a necessidade de um maior empreendedorismo e uma abrangência maior da atividade, a partir da potencialidade gigantesca encontrada na região. Aqui, os especialistas americanos puderam apresentar alternativas de desenvolvimento da aquicultura e na composição dos estoques pesqueiros, que estão em declínio na Bacia do São Francisco”, afirmou Motta. 

Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas

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