Crise: Prefeitura de Maceió cancela festa de São João por falta de recursos
Festejos juninos devem ficar resumidos ao concurso de quadrilhas, segundo presidente da FMAC
Imagem Ilustrativa |
Nada de shows e nem de megaestrutura. Por conta da escassez de
recursos, este ano o São João de Maceió deve ficar restrito ao concurso
de quadrilhas Forró e Folia. A prioridade do município, de acordo com o
presidente da Fundação Cultural de Ação Cultural (FMAC), Vinícius
Palmeira, é garantir os serviços essenciais, o pagamento da folha dos
servidores e a conclusão de obras que já foram iniciadas.
"Não
estamos em condições financeiras de fazer festa e não temos como bancar o
São João, pois para isso teríamos que comprometer outros serviços.
Ainda que seja uma das mais fortes tradições da capital alagoana, não
podemos sacrificar a folha de pagamento dos servidores, por exemplo",
afirma o presidente da FMAC.
Vinícius Palmeira também destaca que
a suspensão dos festejos de grande porte também atende a uma
recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AL), diante da crise
econômica pela qual passam todos os municípios de Alagoas. No ano
passado, os festejos juninos realizados na capital custaram entre R$ 3 e
R$ 4 milhões.
"O mar não está para peixe e temos que ver qual a
prioridade. O prefeito Rui Palmeira quer concluir o que ele começou, sem
deixar pendências para a próxima gestão. Por isso, não vamos fazer o
que fizemos no ano passado e não vamos investir no São João", pontuou
Palmeira.
Segundo ele, a parceria com a Organização Arnon de
Mello (OAM) para realização do concurso de quadrilhas Forró e Folia já
está sendo negociada. "Vamos continuar com essa parceria para manter o
festival de quadrilhas", afirmou.
Prefeito confirma que crise impede festa
Mais
cedo, em entrevista à imprensa, o prefeito Rui Palmeira destacou que o
município não vai poder fazer o São João como gostaria, lembrando que,
no ano passado, Maceió conseguiu captar recursos por meio de emendas.
"Nos
últimos festejos conseguimos captar recursos por emendas e temos
buscado apoio. Obviamente com esse momento atribulado pelo qual passa
Brasília e as dificuldades financeiras, será difícil realizarmos os
festejos como gostaríamos. Realmente passamos por muita dificuldade e
claro que a prioridade é pagar o servidor em dia e continuar com os
investimentos", destacou Rui.
Por Gazeta Web
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