Alagoas tem 74 casos de microcefalia em investigação; país tem 1.113

Foto: Carla Cleto
Até o dia 9 de abril, foram confirmados 1.113 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, em todo o país.  Ao todo, foram notificados 7.015 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 2.066 foram descartados. Outros 3.836 estão em fase de investigação. As informações são do novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (12), que reúne as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde.


Do total de casos confirmados, 189 tiveram confirmação laboratorial para o vírus Zika.  No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Os 1.113 casos confirmados ocorreram em 416 municípios, localizados em 22 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Já os 2.066 casos foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infecciosas.

No mesmo período, foram registrados 235 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 50 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 155 continuam em investigação e 30 foram descartados.


Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Regiões e Unidades Federadas
Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
Total acumulado1de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação
Confirmados2,3
Descartados4
Brasil
3.836
1.113
2.066
7.015
Alagoas
74
55
136
265
Bahia
667
203
144
1.014
Ceará
254
80
117
451
Maranhão
112
84
42
238
Paraíba
388
105
364
857
Pernambuco
873
312
664
1.849
Piauí
25
72
57
154
Rio Grande do Norte
295
85
34a
414
Sergipe
159
31
17
207
Região Nordeste
2.847
1.027
1.575
5.449
Espírito santo
96
6
19
121
Minas Gerais
31
2
46
79
Rio de Janeiro
281
35
78
394
São Paulo
163a
0
96
259
Região Sudeste
571
43
239
853
Acre
23
0b
12
35
Amapá
2c
3c
0c
5c
Amazonas
9
2
2
13
Pará
23
1
0
24
Rondônia
4
3
5
12
Roraima*6
16c
0c
0c
16c
Tocantins
117
0
17
134
Região Norte
194
9
36
239
Distrito Federal
2
4
31
37
Goiás
75
9
37
121
Mato grosso
116
15
71
202
Mato Grosso do Sul
3
2
13
18
Região Centro-Oeste
196
30
152
378
Paraná
6
2
25
33
Santa Catarina
1
0
3
4
Rio Grande do Sul
21
2
36
59
Região Sul
28
4
64
96


Fonte: Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal (dados atualizados até 09/04/2016).

Nenhum comentário

Adalberto Gomes Noticias . Imagens de tema por MichaelJay. Tecnologia do Blogger.