Casos de dengue em Alagoas caem mais de 31% em janeiro deste ano
Números foram divulgados pela Vigilância
Epidemiológica da Sesau com base na notificação realizada pelos 102
municípios do Estado
Força-tarefa coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde e
prioridade do governador Renan Filho e da secretária Rozangela
Wizormiska no combate à dengue já começa a dar resultados positivos
A força-tarefa realizada pelo governo do Estado, prefeituras
municipais e a população começa a surtir efeito positivo. A prova está
nos dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), nesta
quinta-feira (4), que apontam que os casos de dengue em Alagoas caíram
31,58% em janeiro deste ano, quando comparados com o mesmo período de
2015.
Para se ter ideia, nos primeiros 31 dias do ano passado, foram
notificados 874 casos, contra 598 de todo o mês de janeiro de 2016.
Outra boa notícia apontada pela Sesau é o fato de não ter ocorrido
nenhum registro de dengue grave no mês passado, contra quatro casos do
mesmo período de 2015.
Uma realidade que ainda não pode ser comemorada, segundo a secretária
de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, mas demonstra que os
municípios melhoraram a conduta e o manejo clínico no atendimento aos
pacientes com dengue. “Isso comprova que as capacitações técnicas
realizadas pelas equipes de Vigilância Epidemiológica e da Atenção
Básica da Sesau estão surtindo efeito positivo. Nos últimos meses
intensificamos as ações e já capacitamos todos os municípios, encerrando
a ação em Arapiraca”, salientou.
Mais dados
Ainda segundo a Vigilância Epidemiológica da Sesau, em janeiro deste
ano não ocorreu nenhum óbito por dengue. Quanto à situação epidêmica,
apenas o município de Olivença encontra-se nesta situação, por
apresentar taxa de incidência superior a 300 casos notificados para cada
100 mil habitantes.
Já os municípios de Arapiraca e Junqueiro estão em situação de
alerta, por apresentarem taxa de incidência em 100 e 300 casos
notificados para cada 100 mil habitantes. Outros 22 municípios
alagoanos apresentam taxa de incidência inferior a 100 casos para cada
100 mil habitantes e, em 77 dos 102 municípios do Estado, não houve
notificação de casos de dengue. Com relação à chikungunya, são 129 casos
confirmados e 34 de zika vírus.
Recomendações
Rozangela Wyszomirska destacou que o combate ao Aedes aegypti,
responsável por transmitir a dengue, chikungunya e zika vírus, prevê que
os agentes de endemias municipais devem intensificar as visitas
domiciliares, visando orientar os moradores sobre a importância de
manter limpas as residências.
Já os gestores municipais devem realizar a busca ativa por focos do
mosquito, promover a limpeza dos logradouros públicos, a coleta
periódica do lixo domiciliar, notificação aos proprietários de terrenos e
imóveis abandonados e conscientizar a população com campanhas
educativas.
Atuação que, segundo a secretária de Estado da Saúde, requer um
trabalho integrado por parte dos técnicos municipais da Atenção Básica e
Vigilância Epidemiológica. “Para combater a dengue, chikungunya e zika,
não é necessário grande investimento financeiro, além daqueles que já
são realizados com os recursos destinados à Atenção Básica e à
Vigilância Epidemiológica. É necessário organização, otimização,
estruturação e educação doméstica”, defendeu.
Isso porque, ainda de acordo com Rozangela Wyszomirska, 70% das ações
de prevenção ao Aedes aegypti são de responsabilidade da população, que
deve tampar as caixas de água, limpar os quintais e calhas, além de não
cultivar plantas aquáticas nas residências. No entanto, é necessário
que os gestores municipais possam investir na conscientização,
informando a todos sobre a prevenção, sintomas e tratamento da dengue,
chikungunya e zika, que pode estar atrelado ao aumento dos casos
suspeitos de microcefalia, que já são 185 em Alagoas.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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