ALAGOAS: Em épocas de crise, em 2016, ALE vai ter R$ 6 milhões a mais em comparação ao orçamento deste ano



                                                                          Assembleia Legislativa de Alagoas

 Em crise, prefeituras e governador vivem reclamando da necessidade de “apertar os cintos”. Quem tem acompanhado à imprensa tem visto o choro dos gestores dos Executivos municipais e estaduais, inclusive com administradores reduzindo seus próprios salários, dos secretários, e até a demissão de comissionados.
Todavia, a crise parece preocupar apenas o parlamento estadual nos pronunciamentos. Na prática, a Casa de Tavares Bastos “avisa” ao governo estadual que se o duodécimo ficar do jeito que está não fechará as contas.
O detalhe: é a mesma Casa que – mesmo com duodécimos menores, em gestões anteriores – manteve a “lista de ouro” e pesa sobre ela a operação federal (em 2007) que apontou um desvio de R$ 300 milhões. Dinheiro, portanto, parece nunca ter sido problema. Claro, falamos de gestões passadas.
Mas, ao citar tais fatos se vê que, historicamente, são muitos os indícios de que nunca faltou dinheiro aos deputados estaduais e que, ao longo desta mesma história, muitos destes recursos, sem qualquer transparência, foram malversados. É difícil crer que o parlamento estadual – diante de tais excessos – não feche suas contas ou esteja “sofrendo” com a crise financeira.
A proposta da Assembleia Legislativa era de um duodécimo de R$ 208 milhões para o exercício financeiro de 2016, como mostra a repórter Andrezza Tavares, no jornal Tribuna Independente. Porém, na Lei Orçamentária Anual (LOA) se reduziu o valor, mas a Casa ainda assim deve receber R$ 6 milhões a mais em comparação ao duodécimo deste ano, que é de aproximadamente R$ 190 milhões.
Mesmo com recursos a mais, o deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT) – vice-presidente da Casa – falou da necessidade de “um encontro de contas e achar uma forma legal de repassar os gastos com os aposentados do Legislativo para o Estado”. Ontem, Medeiros falou, em reportagem da jornalista Vanessa Alencar, sobre a questão envolvendo o Imposto de Renda (IR), salientando que a “retenção não era ilegal”.
Um detalhe que vale frisar: apesar da Casa de Tavares Bastos contar com R$ 6 milhões a mais, o governo do Estado fez cortes em todos os duodécimos, incluindo os do parlamento, o que possibilitou uma “tesourada” de R$ 121 milhões. 

Por Cada Minuto

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