Presença de bactérias no Rio São Francisco leva Casal a suspender abastecimento no Sertão de AL
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informou, nesta sexta-feira (22), que decidiu suspender de forma preventiva o fornecimento de água para o Sertão de Alagoas devido à presença de bactérias no lago formado pela represa de Xingó. A contaminação da água foi constatada pelo Instituto Federal do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
De acordo com a Casal, a suspensão atinge os municípios de Delmiro Gouveia e Pariconha, que estão com o abastecimento totalmente suspenso, além de Olho D’Água do Casado, Piranhas, Mata Grande, Água Branca, Canapi e Inhapi, que estão com o abastecimento deficiente.
Foto: Cada Minuto
A Casal afirma ainda que, de acordo com o laudo apresentado pelo Ibama, as bactérias são da espécie Cylindrospermopsis raciborskii, constatando um 407.880 células por mililitro, quando o limite no local é de 20 mil células por mililitro.
Segundo informações repassadas pela companhia, novas análises serão realizadas, com apoio da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), na região, para identificar se há a presença de toxinas no ponto de captação.
A direção da Casal relata que o retorno do abastecimento só será efetuado após a análise da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
De acordo com o diretor de Operações da Casal, Francisco Beltrão, a empresa está garantindo o abastecimento das cidades afetadas por meio de carros-pipa.
Reincidência
A Casal já havia suspendido o fornecimento em oito municípios da região, em 9 de abril, o motivo foi o aparecimento de uma mancha em um trecho do Rio São Francisco. Á época, o gerente de Qualidade de produto da Casal afirmou que a mancha foi provocada pela abertura de duas comportas do reservatório da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em Paulo Afonso, na Bahia.
“O que houve na região foi abertura das comportas de Paulo Afonso. Houve a chegada de matéria orgânica contida no lago [do reservatório] que desceu ao leito do rio e hoje, o rio se encontra em uma situação bastante degradada”, esclarece Alfredo Brechó.
O diretor de operações da Chesf, Mozart Bandeira Arnaud, discorda que as algas surgiram pela abertura das comportas.
Fonte: G1 AL
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