Hospital de Emergência do Agreste em Arapiraca completa 22 anos com avanços que mudaram a saúde pública do interior de Alagoas

Foto.: Reprodução Sesau 

O Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), chega aos 22 anos consolidado como um dos mais importantes equipamentos de saúde pública alagoanos. Inaugurado em 18 de julho de 2003, a unidade hospitalar mudou a realidade do atendimento de urgência e emergência no interior de Alagoas, tornando-se referência para toda a II Macrorregião de Saúde, que abrange 46 municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, além de atender pacientes da Bahia, Pernambuco e Sergipe.

Criado para atender vítimas de traumas, o HEA ampliou sua missão ao longo dos anos. Em 2020, tornou-se essencial no acolhimento para pacientes durante a Pandemia da Covid-19, e hoje se destaca pela excelência no atendimento a pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral, por meio da Unidade de AVC, reconhecida internacionalmente por sua eficiência. 

O HEA também desenvolve o programa “Preparando a Volta para Casa”, que orienta e treina familiares para receber pacientes com sequelas, garantindo que o cuidado continue além dos muros do hospital. O maior hospital público do interior de Alagoas implantou, ainda, a Área Lilás, especializada no acolhimento de vítimas de violência, que já recebeu uma ampliação.

E como os investimentos em prol de uma assistência ágil, eficiente, qualificada e humanizada são os nortes da gestão, o HEA conta com uma moderna Unidade de Terapia Intensiva (UTI). E quando se trata de assistência especializada, oferta à população os Serviços de Assistência Vascular, de Atenção à Pele e Feridas e de Hemorragia Digestiva Alta.

Graças à parceria entre a Sesau e a Secretaria de Estado da Primeira Infância (Secria), o HEA também dispõe de uma Unidade Especializada em Pré-Natal de Alto Risco (Uepnar), que, de junho de 2024 a junho de 2025, atendeu 656 gestantes, realizou 1.755 consultas obstétricas, 792 ultrassonografias, 164 cardiotocografias e dezenas de atendimentos multiprofissionais. Este serviço especializado tem diminuído distâncias para gestantes de alto risco que antes precisavam viajar até Maceió para realizar o pré-natal.

Números que representam vidas salvas

A ampliação dos serviços reflete diretamente na quantidade de pessoas atendidas. Dados do setor de Estatística, do Serviço de Epidemiologia Hospitalar e da Plataforma GestHosp mostram esse crescimento. Em 2023 o HEA fez 65.697 atendimentos, e no mesmo período de 2024 o número subiu para 78.785 acolhimentos e, somente nos primeiros seis meses deste anos, já foram computados 39.090 atendimentos.

Grande parte desses casos ainda está ligada a acidentes de trânsito, especialmente envolvendo motocicletas. Das 7.110 vítimas atendidas de janeiro a junho deste ano pelo HEA, 4.288 foram de ocorrências com motos. Além disso, no primeiro semestre deste ano, a Unidade de AVC atendeu 240 pacientes, o Serviço de Atenção à Pele e Feridas fez 2.896 procedimentos, e foram realizados 24.560 exames de raio-x, 17.380 tomografias, 1.155 eletrocardiogramas e 63.493 exames laboratoriais.

Novas descobertas para multiplicar vidas

Um marco recente na história do HEA foi a ampliação do trabalho da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Em pouco mais de um ano, foram feitas seis captações múltiplas de órgãos e tecidos, possibilitando que outras vidas fossem salvas.

A formação de profissionais também ganhou força. Além de estágios e internatos, o HEA, que já tinha residência médica, implantou residências multiprofissionais e uniprofissionais, melhorando a qualificação dos futuros especialistas e garantindo mais qualidade ao atendimento. O Núcleo de Educação Permanente (NEP), com apoio das coordenações dos setores da unidade, organiza cursos, oficinas, treinamentos, capacitações e palestras específicas para as diferentes áreas do hospital.

Humanização como parte da rotina

Para além da tecnologia e da estrutura, o HEA mantém a humanização como um de seus pilares. Rodrigo Barbosa, assistente social e coordenador do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), reforça a importância desse cuidado diário. “É muito interessante trabalhar em um hospital que tem essa maneira de acolhimento. Faço parte da equipe desde 2016, sempre na busca de estimular palestras, reuniões, conversas nas enfermarias para que todos entendam que a humanização é tão essencial quanto o atendimento técnico”, destaca.

Para manter a qualidade da assistência prestada à população do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, a Sesau investe mais de R$ 4 milhões em reformas e manutenção na unidade. As melhorias estão sendo realizadas em diversas alas assistenciais, guaritas e no setor administrativo, garantindo mais conforto para servidores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

"Para onde se olha, há desenvolvimento. Para onde se anda, há esforço. E para quem é atendido, há esperança. Nesta sexta-feira, dia 18 de julho, o Hospital de Emergência do Agreste celebra 22 anos de compromisso com a vida, salvando e transformando realidades para os moradores de 46 municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco. Seguimos cumprindo a determinação do governador Paulo Dantas de investir no HEA para que continue sendo uma referência de assistência para a II Macrorregião de Saúde", salienta o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda.

Voz de quem vive essa história

Marcos Oliveira, 40 anos, servidor desde 2003, quando o HEA foi inaugurado, acompanhou cada transformação. Lotado no Departamento de Pessoal, ele lembra que o hospital começou com foco exclusivo em traumas, mas multiplicou suas possibilidades de salvar vidas.

“É sempre bom fazer nosso trabalho da melhor forma possível. Como servidor público, tenho orgulho de colaborar para que os serviços funcionem. Mesmo quem atua na área administrativa tem papel fundamental, porque quando o servidor está satisfeito, esse cuidado chega até o paciente, que é a ponta do atendimento”, afirma.

A gerente-geral do HEA, Bárbara Albuquerque, destaca que cada profissional tem um papel essencial para que essa história siga avançando. “São os servidores, com sua dedicação e coragem, que transformam números em vidas devolvidas ao convívio familiar. Esse aniversário é, antes de tudo, uma homenagem aos nossos servidores, que fazem da rotina hospitalar um ato de humanidade. Eles enobrecem a missão de salvar vidas todos os dias”,  ressalta. 

Por Secom Alagoas 

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