Após 100 dias em greve, servidores da Ufal tentam audiência no MEC

O reajuste salarial oferecido pelo ministério do planejamento, orçamento e gestão (Mpog) foi de 21,3%


                                                                           Foto: CadaMinuto/Arquivo

No dia 25 de maio deste ano, em assembleia geral, os professores e funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) decidiram por paralisar as atividades. De greve há cem dias, os servidores reivindicam a reestruturação da carreira, reposição salarial de 27%, a garantia da autonomia para as universidades, além de melhores condições de trabalho.

O histórico de tentativas de negociação com o Ministério da Educação (MEC), a fim de evitar a atual greve, é longo. Em 2014, os professores federais protocolaram a pauta no MEC solicitando audiência para tratar das reivindicações.

“Greve não é uma opção, é uma imposição para que o governo apresente uma solução. Durante esses cinco anos de governo Dilma foram feitas quatro greves, e até agora não conseguimos nem ter uma data base. Se aceitarmos a proposta do governo, significa não ter ganho real nem político para a categoria. O que o governo esta passando não é culpa de uma mão invisível, é culpa de uma mão inconsequente e corrupta presente em Brasília,” explicou o coordenador geral do sindicato dos servidores federais (Sintufal)  Jeamerson Santos.

O reajuste salarial oferecido pelo ministério do planejamento, orçamento e  gestão (Mpog) foi de 21,3% parcelado em quatro anos. Em reunião realizada no último domingo (30), o fórum das entidades sindicais dos servidores públicos federais rejeitou por unanimidade a proposta do governo, considerando-a insuficiente.

Pelo facebook, o Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que o governo está negociando o que acha justo e viável.  “O MEC negocia desde o início da greve nas federais e institutos. Repetindo: recebi os dirigentes de duas entidades; a terceira foi recebida pelo ministro interino, quando eu estava no Fórum Mundial de Educação. Negociamos e aceitamos o que consideramos justo e viável.”

Após as manifestações de docentes e estudantes em frente ao MEC, em Brasília (DF), representantes do Ministério agendaram uma reunião com o Sindicato Nacional dos docentes das Instituições de ensino superior (Andes), para hoje (3), às 16horas. Segundo o sindicato, foi extrapolado um prazo para as negociações, até o dia 11 de setembro alguma decisão deverá ser tomada. Até o momento da publicação da matéria, o Mec ainda não havia confirmado a reunião.

Por Cada Minuto

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