Mutum de Alagoas será reintroduzido na natureza em menos um ano
Grupo de trabalho deverá construir plano estadual de reintrodução da ave, que, atualmente, só existe em cativeiro
Em seis anos, o Mutum aumentou de 60 para 200 espécimes, e em setembro de 2017, será reintroduzido na natureza (Foto: Divulgação) |
O pássaro Mutum de Alagoas já tem data para ser reintroduzido no
Estado: setembro de 2017. A espécie, que não existe mais no meio
ambiente, conta com a ação de uma equipe multidisciplinar que aguarda
apenas a publicação, em Diário Oficial, do grupo de trabalho, para que
seja criado o plano estadual de reintrodução.
O assunto foi discutido na manhã desta quarta-feira (26), pelo
coordenador do Instituto de Proteção ao Meio Ambiente (IPMA), Fernando
Pinto, e o diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente, Gustavo
Lopes, que colocou toda a estrutura do órgão ambiental à disposição do
projeto.
“Esse é um dos mais importantes projetos existentes hoje, o de
reintrodução de uma espécie na natureza, e nós vamos dar total apoio.
Nossas equipes de Gestão de Fauna e de Educação Ambiental estão à
disposição e estamos dispostos a contribuir com o que for necessário”,
comentou Gustavo Lopes.
Além do IMA e do IPMA, o grupo de trabalho será formado por
representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos (Semarh), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Ministério
Público Estadual (MPE), Federação das Indústrias do Estado de Alagoas
(Fiea) e pela Cooperativa dos Usineiros.
Segundo Fernando Pinto, em setembro serão reintroduzidos entre três e
seis casais na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata do
Cedro, localizada no município de Rio Largo. Mas, antes disso, a partir
de fevereiro, deverá ser inaugurado um viveiro onde as pessoas poderão
conhecer a ave.
“O local para a reintrodução foi aprovado pelo professor Luis Flávio
Silveira, da Universidade de São Paulo (USP), que passou 15 dias aqui
verificando se havia alguma área favorável”, comentou Fernando Pinto.
O coordenador do IPMA disse ainda que, nos últimos seis anos, o Mutum
aumentou de 60 para 200 espécimes. O maior problema da reintrodução é a
caça. “O caçador pode destruir em um dia o trabalho de 30 anos”, disse.
Após a publicação no Diário Oficial, o grupo de trabalho deverá se
reunir e construir o plano, com todos os papéis e responsabilidade
definidos.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Esse da foto nao é um mutum de Alagoas. Sequer pertence ao mesmo gênero. Este é um Mutum Poranga, cuja a espécie é "Crax alector", enquanto do de Alagoas pertence à espécie "Pauxi mitu".
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