Acusado na morte de Fernando Aldo é absolvido em júri popular em Maceió
Réu Eliton Alves Barros |
Os jurados absolveram o réu Eliton Alves Barros, pelo assassinato do
vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo, ocorrido a quase 10 anos no
município de Mata Grande. O julgamento foi finalizado na noite desta
segunda-feira (24) e a maioria dos jurados decidiu pela condenação do
acusado somente para os crimes de formação de quadrilha.
Alves era julgado pelo crime de homicídio qualificado e estava preso
há quase oito anos. Ao ler a sentença, o juiz John Silas afirmou que
“salienta-se que o crime possui pena máxima em abstrato de 3 (três)
anos, todavia, da análise da pena em concreto, constata-se que seria
inferior a 03 (três) anos, isto tudo somado ao tempo que o acusado
permaneceu custodiado preventivamente, não resta outra alternativa,
senão o reconhecimento da prescrição”.
A defesa sustentou a versão de que o acusado estava no estado de São
Paulo no dia do crime, o que não sustentava a depoimento prestado por
Dilson Alves, que já foi julgado e condenado pelo crime. No entanto, a
promotoria defendeu que “Eliton Alves disse que estava em São Paulo no
dia 24 de setembro, mas o crime ocorreu sete dias depois. Então, nesse
intervalo de tempo, ele poderia perfeitamente ter retornado a Mata
Grande e executado o homicídio”.
Caso
O vereador Fernando Aldo foi morto na madrugada de 1º de outubro de
2007, durante um evento no município de Mata Grande. Segundo o
Ministério Público de Alagoas (MP/AL), a vítima foi atingida por pelo
menos oito tiros, que teriam sido efetuados pelo soldado Carlos Marlon
Gomes Ribeiro (ainda não julgado). Foram apontados como partícipes
Eronildo Alves Barros (já falecido) e o irmão, Eliton Alves Barros.
Ainda de acordo com o MP/AL, o homicídio teria ocorrido a mando do
então deputado estadual Cícero Ferro e do prefeito de Delmiro Gouveia,
Luiz Carlos Costa, o Lula Cabeleira. Em agosto de 2012, o Tribunal de
Justiça de Alagoas (TJ/AL) julgou improcedente a ação contra Lula
Cabeleira, inocentando-o da acusação por falta de provas. O processo
contra Cícero Ferro ainda está tramitando.
O cunhado da vítima, José Pereira Neto, disse acreditar que Fernando
Aldo morreu por “falar demais”. Para a irmã do vereador, Rita Maria
Gomes, o assassinato teve motivação política. “Ele tinha divergências
com algumas pessoas, inclusive com Cícero Ferro, que ele acreditava não
merecer o voto da população de Delmiro”.
Por Cada Minuto
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