Alagoas comemora os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente
Os 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi
comemorado nesta sexta-feira (8), em Maceió, em um seminário que debateu
as conquistas e os desafios para o cumprimento do código nas capitais
nordestinas.
O evento contou com a participação do superintendente da Criança e do
Adolescente, da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev),
Ronaldo Targino, que assumiu o cargo nesta quinta-feira (7).
“Não trato esta nova função como um desafio, mas como uma obrigação. A
política da criança e do adolescente precisa andar de mãos dadas com
todos os segmentos da sociedade. As crianças precisam de ações hoje, de
olho no amanhã. Por este motivo, é importante dialogar e reconstruir
propostas por meio de um novo olhar, que abra espaço para as garantias
de seus direitos”, enfatizou Targino.
A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Cedca), Rickelane Gouveia, disse que o momento é de
repensar papeis e posturas. “Precisamos caminhar juntos, provocando
discussões para que as ações aconteçam de fato em nosso estado”, frisou.
Um dos momentos mais empolgantes do evento foi a participação da
jovem M.D, de 17 anos, socioeducanda, da Superintendência de Medidas
Socioeducativas (Sumese), que cantou uma música de sua autoria, cuja
letra explora temas como educação, oportunidades, garantia de direitos,
lutas e conquistas sociais.
“Tento passar para os jovens que a vida não é feita de crimes e
discriminação. Não podemos nos intimidar por causa de nossa origem. Ao
contrário, temos que nos orgulhar e lutar para conquistar aquilo que
queremos”, disse ela.
O seminário foi guiado pelo professor doutor, Humberto da Silva
Miranda, da Universidade Federal de Pernambuco, que apresentou o projeto
Laboratório da História e Memória da Infância no Nordeste. Nele, o
professor debateu acerca do acervo de memórias do ECA no decorrer de sua
existência.
“O ECA rompe com sistemas antigos e essa história precisa ser
recontada sob uma nova perspectiva. Precisamos enxergar a criança e o
adolescente buscando dar voz e vez. A história é filha de seu tempo. O
diálogo entre o passado e o presente vai nos ajudar a projetar o
futuro”, refletiu.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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