Dia Mundial sem Carro: novas alternativas, novas prioridades, novos hábitos


O dia 22 de setembro é o dia mundial sem carro. Um dia para que pessoas reflitam sobre a priorização do transporte individual e descubram novas formas de locomoção além do automóvel. A data foi criada em 1997 na França e se disseminou por diversos países da Europa. No Brasil, a cidade de São Paulo adota esta data desde 2003. Com a visibilidade da data, várias outras cidades brasileiras passaram a desenvolver atividades e algumas cidades elegeram setembro como o Mês da Mobilidade.

Ao longo dos anos as cidades priorizaram o uso individual do automóvel, impulsionando a venda do mesmo por meio de incentivos e da criação de infraestrutura de circulação, Mas o transporte individual por si só não parece um grande problema, mas a utilização do mesmo não resolve os problemas de mobilidade.

As cidades extinguiram os trajetos das pessoas, dos rios e de outros modais em detrimento de trajetos para se chegar mais rápido com o automóvel ou para se transportar pelo meio rodoviário.

Novas alternativas, novas prioridades, novos hábitos
O dia 22 de setembro é uma oportunidade para que as pessoas se apropriem do espaço de outra forma estimulando um novo planejamento que contemplem uma pluralidades de modais. O Transporte público, bicicleta e mesmo a caminhada são alternativas benéficas a saúde dos usuários e que contribuem com o meio ambiente.

A priorização destes modais não necessita de uma infraestrutura tão onerosa, e sim, de uma reorganização dos usos e deslocamentos urbanos, que podem ser bem resolvidos em um bom planejamento que integre o uso e ocupação do solo e a mobilidade urbana.

Ações educativas e de estímulo a utilização de novos modais como o Dia Mundial sem Carro auxiliam na mudança de comportamento e na implementação de novas Soluções. O Guia sobre o Projeto Movimente, elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) em parceria com o SMART, da Universidade de Michigan, visa estimular a criação de políticas públicas locais de mobilidade, trânsito e de acesso a serviços a partir do desenvolvimento de ferramentas e da metodologia adaptadas à realidade dos Municípios brasileiros.

Transporte de Carga
A frota brasileira de caminhões é uma das maiores do mundo e mais de 60% das cargas são transportadas por vias rodoviárias. Novos modais de transporte como o ferroviário e hidroviário devem desenvolvidos para que se reduzam as emissões de gases e os acidentes provocados pelo excesso de peso.

A degradação das vias brasileiras tem como um dos principais fatores o trânsito de veículos com excesso de peso, já que 77% dos caminhões trafegam acima do peso, segundo um diagnóstico elaborado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT).

Velocidade
O excesso de velocidade dos caminhões preocupa muitos Municípios, já que as vias municipais representam 78,8% da malha viária brasileira e, mais de 90% dessa malha não são pavimentadas, segundo o DNIT. Além dos danos ao asfalto e aos imóveis, os caminhões colocam em risco condutores de veículos, motociclistas, ciclistas e pedestres.

Transporte de pessoas
O Brasil possui uma frota de automóveis de quase 50 mil veículos, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O que representa um automóvel para cada 4,4 habitantes. Já a frota de moto representa 40% da frota de automóvel, sendo uma motocicleta para cada pessoa.

Este panorama exemplifica o problema de congestionamentos e excesso de poluição gerados nos grandes centros urbanos e os altos índices de acidentes que impactam também os pequenos municípios devido ao percentual de moto possuir a mesma representatividade independente do porte do Município. A facilidade de compra e o baixo valor fazem com que a frota de motos seja maior que a de carros em 44% das cidades do país atualmente.

Fonte: CNM

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