ALAGOAS: Morte de militares em acidente de helicóptero gera grande comoção



É bem provável que esta quarta-feira (23) fique marcada eternamente na memória de todos os que fazem a Segurança Pública no estado de Alagoas e talvez até de toda a população que acompanhou angustiada as notícias divulgadas acerca da queda do helicóptero da SSP que resultou na morte de quatro militares. O acidente foi mais uma confirmação de que "para morrer basta estar vivo".
Era aproximadamente 11h da manhã quando os grupos de whatsapp começaram a relatar o ocorrido. "O helicóptero da PM acabou de cair no bairro da Santa Lúcia", dizia um. "Parece que todos morreram", dizia outro. "Foram quatro", confirmavam alguns textos já oficiais.
Aperto no peito. Esta foi a sensação de todos que tinham algum parente ou amigo na Polícia Militar ou no Corpo de Bombeiros.

Aperto no peito. Esta foi a sensação de todos que tinham algum parente ou amigo na Polícia Militar ou no Corpo de Bombeiros.
Quando os nomes das quatro vítimas fatais começaram a ser divulgados, já próximo ao meio-dia, nada de alívio, o aperto no peito continuava. Mesmo sem conhecer, centenas - talvez até milhares - de pessoas se colocaram no lugar dos parentes e sentiram um pouco da dor, típica de quem perde um ente.
O governador Renan Filho (PMDB) decretou luto oficial de três dias em todo o estado e externou sua solidariedade a família das vítimas. Em nota, publicada em sua página oficial no facebook, Renan classificou os militares mortos como verdadeiros heróis.
"Presto neste momento a homenagem de Alagoas aos quatro militares que perderam a vida no cumprimento do dever. São heróis do povo alagoano, imolados na dura missão de combater o crime. Seus nomes jamais serão esquecidos pelos companheiros da corporação e por todos que anseiam e trabalham por paz e justiça em Alagoas", escreveu.
Investigações
Uma equipe da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) já está em Maceió, onde dará início, junto a peritos locais, às investigações para identificar qual teria sido a causa da queda.
De acordo com o órgão, a aeronave estava com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) regular e estava licenciado para voar até o ano de 2020. O documento acompanha a situação do helicóptero e indica se ela estava apta para voar.
As vítimas
O major Milton ingressou no Corpo de Bombeiros em 15 de março de 2002. Ele participou de diversos cursos de especialização, como o que o habilitou a pilotar helicópteros.
Ele realizou, em 2008, o curso teórico de piloto e em 2010 e 2011 foi indicado para participar de curso prático de piloto privado de helicóptero na cidade de Itapeúna, São Paulo. No ano de 2012 foi transferido para o Grupamento de Operações Aéreas, em que, desde então, realizava o trabalho de transporte aéreo, patrulhamento e policiamento aéreo preventivo, ostensivo e repressivo.
O major Milton era casado com a major BM Camila Paiva, com quem teve dois filhos. Um pai exemplar, dedicado e que amava sua família acima de tudo.
Mário Henrique de Oliveira Assunção, pernambucano, nascido em 30 de dezembro de 1967, era capitão da PMAL; ingressou na corporação em 19 de fevereiro de 1993. Antes de fazer parte do Grupamento Aéreo da SSP, o militar teve passagens pela 6ª Seção do EMG, pela 1ª Seção do EMG, e pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), onde exerceu as funções de subcomandante, bem como do Comando Operacional de Apoio Aéreo da Unidade. Ele era casado e deixa filhos.
Marcos de Moura Pereira, paulista, nascido em 18 de janeiro de 1986, era soldado da PMAL; ingressou na corporação em 17 de outubro de 2006. Antes de fazer parte do Grupamento Aéreo da SSP, o militar passou pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e pelo 10º Batalhão. Ele era casado e deixa filhos.
Diogo de Melo Gonzaga, alagoano, nascido em 16 de março de 1983, era soldado da PMAL; ingressou na corporação em 28 de junho de 2010. Antes de fazer parte do Grupamento Aéreo da SSP, o militar passou pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Ele estava noivo.
 Em entrevista a um portal de notícias,  a viúva do Capitão Assunção, Simone Assunção, falou que seu marido morreu fazendo aquilo que mais gostava. "Ele era Inteligente, delicado. Tinha 23 anos de polícia. Como ele tinha orgulho de vestir a farda. Não deixava ninguém passar a roupa", relatou bastante emocionada.

Por G1

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