Alagoas tem 13 magistrados em situação de risco, expõe relatório do CNJ
Números fazem parte de um relatório nacional para alinhar a segurança dos juízes
O Brasil tem hoje 131 magistrados em situação de risco, em 36
tribunais do país. Em Alagoas, o levantamento aponta que o estado tem 13
magistrados que desempenham suas funções sob risco. Os números fazem
parte de um dos principais resultados do Diagnóstico da Segurança
Institucional do Poder Judiciário, divulgado nesta semana pelo Conselho
Nacional de Justiça (CNJ). Com 23 magistrados em situação de risco, o
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) é a Corte que
relatou o maior número de magistrados nessa situação.
Segundo
a pesquisa, apresentada pelo conselheiro Fernando Mattos, presidente do
Grupo de Trabalho do Comitê Gestor de Segurança do CNJ, apesar do
número de ameaças, em 58% dos órgãos nunca foi disponibilizado aos
magistrados um curso de segurança pessoal. A pesquisa, segundo o
conselheiro, mostra que 97% dos órgãos do Poder Judiciário contam com
uma unidade de segurança institucional em sua estrutura, mas muitas
unidades ainda não têm profissionais especializados da área.
De
acordo com o diagnóstico, quase 24 mil pessoas trabalham na área de
segurança do Poder Judiciário, sendo 15.036 vigilantes terceirizados,
5.491 mil servidores e 3.453 agentes de segurança pública (policiais
militares, civis ou federais e bombeiros militares). Os funcionários do
Poder Judiciário que atuam na área de segurança representam 2% dos
servidores e 11,2% dos terceirizados do Poder Judiciário. Ao todo, 20
tribunais não contam com servidores do quadro próprio especializado na
área.
O diagnóstico constatou que o Poder Judiciário está
medianamente dotado com equipamentos de segurança. Segundo a pesquisa,
realizada com a participação de 98% dos órgãos do Judiciário, 57% dos
tribunais estão equipados com pórticos detectores de metais. Nas
unidades de primeiro grau, esse aparelho aparece muito frequentemente ou
frequentemente em apenas 36% das unidades judiciárias.
Além
disso, 94% dos tribunais estão equipados totalmente ou em parte com
câmeras de segurança. Já no primeiro grau, apenas em 47% das unidades o
índice de uso de câmeras de segurança é frequente ou muito frequente.
Ainda de acordo com o diagnóstico, esteiras de Raio-X não estão
presentes em 59% dos Tribunais, enquanto no 1º Grau o equipamento é
inexistente ou quase inexistente em 78% das unidades judiciárias.
No
que diz respeito à atuação dos órgãos em casos de ameaça a magistrados,
são disponibilizados aos magistrados, sempre ou na maioria das vezes,
coletes balísticos por 32% dos órgãos, serviços de escolta por 30% dos
órgãos e veículos blindados por apenas 14% dos órgãos. Nos casos de
urgência de ameaça a magistrados, poucos órgãos afirmaram contar com
plantões, agentes do quadro próprio ou articulação de ações com as
forças policiais.
Por Gazeta Web
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