Quilombolas e indígenas de Água Branca e Pariconha são cadastrados pelo Estado
Povos tradicionais de Água Branca e Pariconha foram beneficiadOs pelo
programa Alagoas Social, nas ações do Dia D do Governo Presente
Atenção especial aos povos indígenas e descendentes de quilombolas mostra a proximidade do Governo do Estado. Fotos: Petronio Viana |
A Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social
(Seades) realizou, na terça (13) e nesta quarta-feira (14), os primeiros
cadastros do Cartão do Idoso voltados para comunidades quilombolas e
indígenas do Sertão alagoano. O benefício chegou a aproximadamente 50
quilombolas e indígenas com mais de 60 anos dos municípios de Água
Branca e Pariconha, que poderão se deslocar gratuitamente para qualquer
município do Estado.
Os cadastros do Cartão do Idoso fizeram parte das ações do programa
Alagoas Social, promovidas dentro da programação do Dia D do Governo
Presente - Povos Tradicionais no povoado quilombola Lagoa da Pedra, em
Água Branca, e na comunidade indígena Jeripancó, em Pariconha.
Para a aposentada Afonsina Gomes da Silva, de 82 anos, o Cartão do
Idoso representa um acesso melhor a serviços de saúde na capital
alagoana. "Preciso fazer um tratamento em Maceió e tenho que viajar
sempre pra lá. Com o cartão, não terei mais a despesa com o transporte, o
que vai ajudar muito", disse Dona Afonsina, que mora em Água Branca.
"Tenho 12 filhos e muitos netos e bisnetos que moram em Pariconha,
Delmiro Gouveia e outras cidades. Eles são a melhor coisa que eu tenho
nessa vida e agora vou poder vê-los com mais frequência", comemorou a
trabalhadora rural aposentada.
A possibilidade de visitar os familiares também alegrou o indígena
Antônio Manoel dos Santos, de 76 anos, morador da comunidade Jeripancó,
em Pariconha. "Quero rever meus primos em Delmiro e Piranhas", contou.
A assistente social da Seades, Anna Cláudia Costa, apontou as
mudanças na vida dos indígenas e quilombolas atendidos, a partir da
emissão do Cartão do Idoso. "Na maioria, são pessoas que raramente
deixaram suas comunidades durante toda a vida. O Cartão do Idoso amplia
os horizontes desses idosos e serve de incentivo para que eles conheçam
outras cidades e o Estado em que vivem", explicou.
Na avaliação do secretário de Estado da Assistência e Desenvolvimento
Social, Antônio Pinaud, a ação nas comunidades de povos tradicionais
serve como exemplo da verdadeira finalidade do programa Alagoas Social e
da atenção do Governo de Alagoas com os alagoanos que vivem nos lugares
mais remotos do Estado.
"O Alagoas Social busca exatamente essas pessoas que estão longe dos
grandes centros, e que são os que realmente precisam da nossa atenção. O
que parece muito simples para quem está nas grandes cidades, faz uma
diferença fundamental na vida de quem está nessas comunidades. Essa é
uma preocupação do governador Renan Filho, expressa nas ações do Governo
Presente: levar cidadania e dignidade aos alagoanos, onde quer que eles
estejam", afirmou Pinaud.
ALAGOAS SOCIAL
O programa Alagoas Social busca ampliar o número de beneficiários do
Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Cartão do Idoso, bem, como
levar orientações sobre a Revisão Cadastral do programa Bolsa Família.
O BPC está previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) e
estabelece o repasse de um salário mínimo para seus beneficiários. Podem
solicitar o benefício, idosos com mais de 65 anos e pessoas com
deficiência incapacitadas para a vida independente em qualquer faixa
etária. Nos dois casos, é necessário que a renda familiar per capita do
solicitante seja inferior a ¼ do salário mínimo.
O Cartão do Idoso garante o transporte intermunicipal gratuito a
pessoas com mais de 60 anos em todo o Estado de Alagoas. Para solicitar o
acesso, os idosos devem apresentar carteira de identidade, CPF, Número
de Identificação Social (NIS) e comprovante de que possui renda familiar
inferior a dois salários mínimos.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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