Consumidores delmirenses preparam manifestação contra reajuste do preço de combustíveis
Ideia é realizar passeata para abastecer R$ 0,50 e pedir nota fiscal aos
postos; manifesto está marcado para a noite desta sexta-feira (15)
Revoltados com o preço dos combustíveis no município, moradores de
Delmiro Gouveia estão planejando uma manifestação para a noite desta
sexta-feira (15). A ideia é realizar uma passeata com carros e motos,
passando pelos postos de combustíveis da cidade, onde cada condutor
deverá abastecer R$ 0,50 e exigir nota fiscal.
“Estão todos convidados para esse encontro, na sexta, às 20h, na
Praça da Vila. Vamos aos postos abastecer R$ 0,50 e exigir nota fiscal. A
Lei 8.846/94 garante isso. Será um protesto pacifico e ordeiro.”, diz
uma mensagem que circula pelo aplicativo WhatsApp. Várias pessoas estão
divulgando, mas não se sabe que idealizou o movimento.
O objetivo de abastecer apenas R$ 0,50 e pedir nota fiscal, os
propagadores do manifesto explicam que é para causar prejuízo aos
proprietários dos postos, já que grande parte do valor abastecido será
devolvido ao governo, por meio de tributos.
O delmirense Michelângelo Gama diz que o protesto é de interesse de
todos, até de quem não tem veículo automotor. “O fato é que mesmo quem
não tem veículo também amarga os efeitos do aumento dos combustíveis,
uma vez que os produtos que precisam ser transportados ficam mais caros
ao consumidor”, disse.
A advogada Zagna Fortes, filha de um proprietário de postos de
combustíveis no município, diz que é legítima a manifestação que está
sendo planejada, mas alertou que tem que ter cuidado para que pessoas
más intencionadas não aproveitem a oportunidade para tumultuar e
desqualificar o movimento.
Além do preço dos combustíveis, principalmente a gasolina que está
sendo comercializada a R$ 4,14 o litro, outra indignação dos
consumidores é que os 11 postos de combustíveis da cidade têm preços
iguais, o que para eles é um indício de cartel, já que mesmo com o
aumento, em outros municípios próximos há variação de preços.
Proprietários de postos de combustíveis se defendem, justificando que
receberam os combustíveis mais caros e que por isso foram obrigados a
reajustar os preços. Sobre a igualdade de preços, eles explicam que a
maioria dos postos pertence a um só dono e que por isso é natural.
Sobre a suspeita de cartel, o posto local da Superintendência de
Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) informou para a reportagem que
não recebeu nenhuma denúncia a respeito. Informou também que a
fiscalização dos preços nos postos de combustíveis do município não
acontece, porque na unidade do Procon não há fiscais.
Por Minuto Sertão
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