Dia Mundial de Combate à Hanseníase é lembrado com ações até o fim de janeiro

Em 2015, Alagoas registrou 323 casos da doença; Ministério da Saúde estima existir ainda 187 portadores desconhecidos 
 
 
 
 Sesau informa que em 2015 Alagoas registrou 323 casos de hanseníase

O último domingo de janeiro (31) é o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, mas durante todo o mês a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) estará promovendo ações alusivas à data, que visam esclarecer a população sobre a doença, bem como combater a contaminação de novas vítimas do bacilo. Na semana passada, as ações aconteceram nos presídios Baldomero Cavalcanti e Santa Luzia, em Maceió; e na próxima semana toda a equipe estará no PAM Bebedouro. 

Em 2015, a Sesau recebeu a notificação de 323 casos da enfermidade; quantidade inferior a do ano anterior, 343. “Mas o Ministério da Saúde estima, baseado no número de habitantes de Alagoas, que existem 510 infectados pela hanseníase. Ou seja, a população não procura as Unidades Básicas de Saúde para realizarem a detecção e notificados 63,33% dos casos estimados. Por isso, precisamos conscientizar a população sobre a doença, para que percebam os sinais no corpo e busquem o tratamento”, salientou a coordenadora estadual do Programa de Combate à Hanseníase, Selma Castro.

A secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, explica que a hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). “Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto, poucos adoecem, pois dependem, sobretudo, da relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do meio, entre outros aspectos”, pontuou.

Conforme o Ministério da Saúde, a doença atinge pele e nervos periféricos, podendo levar a sérias incapacidades físicas. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do bacilo. Sua notificação é compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. Os casos diagnosticados devem ser notificados, utilizando-se a ficha de notificação e investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Investigação.

No dia 24, as ações estão previstas para acontecer no Parque Municipal, através de abordagens informativas e cênicas. Na próxima semana, serão realizadas atividades educativas com a apresentação de álbuns seriados ludo educativos e rodas de conversas acontecerão nos cinco dias com a população de rua, prostíbulos, comunidades quilombolas, comunidades indígenas e albinos.

“Dia 27, nós vamos ao Lar São Francisco de Assis continuar com as atividades que visam o esclarecimento acerca da doença e no dia 31 faremos um grande evento no Papódromo”, concluiu a coordenadora do programa.

Também participam da programação, a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Mohan), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Faculdade Maurício de Nassau.

   Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas

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