Juízes de Alagoas, conhecem ações para transformar pequenos delitos em melhorias sociais
Trabalho evita que os beneficiários ingressem desnecessariamente no sistema prisional Jorge Santos |
Dando sequência às ações que potencializam a Justiça no cárcere,
gestores da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris)
apresentaram aos novos magistrados alagoanos os serviços prestados pelo
Núcleo de Acompanhamento de Alternativas Penais e Programas de
Reintegração Social, na segunda-feira (7), no Fórum Desembargador Jairon
Maia Fernandes. O Núcleo beneficia diretamente mais de 3.700 pessoas
que cumprem penas e medidas alternativas em Alagoas.
Os trabalhos do Ressocialização evitam que os beneficiários ingressem
desnecessariamente no sistema prisional. Esse tipo de pena é reservada
para os delitos de pequeno e médio potencial ofensivo. Nesses casos, o
juiz pode aplicar uma pena de prestação de serviço à comunidade e/ou
prestação pecuniária que serão revertidas em favor de entidades
assistenciais sem fins lucrativos, como hospitais, creches e escolas.
O secretário executivo de Gestão Interna da Seris, Henrique do Carmo,
destaca o trabalho desenvolvido pelo Núcleo e a redução da
criminalidade. "Vamos expandir o atendimento com a criação de uma
Central Integrada, beneficiando aqueles que cumprem penas alternativas e
também os presos provisórios. Com o índice de reincidência inferior a
2%, essa é comprovadamente uma ferramenta de reintegração social
eficaz", afirma.
O chefe do Núcleo de Acompanhamento de Alternativas Penais, Jozinaldo
Anízio da Silva, ressalta que a política humanizadora gera resultados
nunca alcançados. "O Judiciário tem sido um parceiro importante. Há
muitos anos não são registradas rebeliões no sistema prisional. Em
breve, também implantaremos um sistema para que os magistrados
acompanhem de qualquer lugar o cumprimento da pena ou medida
alternativa", revela o major.
Delitos cometidos
Dentre os processos acompanhados pelo Núcleo, o crime de embriaguez
ao volante é o mais recorrente (37,10%), bem como o de direção sem
habilitação (7,52%). Por ser o caráter educativo e social uma das
principais características das penas alternativas, em abril, a Seris
firmou um convênio com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para
que os beneficiários com delitos ligados a infrações de trânsito
disseminem boas práticas no órgão.
Efetivação no trabalho
Dado o empenho dos beneficiários, existem casos onde os trabalhadores
são efetivados nas instituições após a extinção da medida alternativa.
Luciano Pereira é um dos beneficiários que se enquadram nesta condição.
"Após cumprir minha pena fui convidado a continuar trabalhando no
local. Aceitei e estou com a carteira assinada há três anos. Com o
salário recebido, sustento minha família. Paguei pelo que fiz, mas
também fui beneficiado", afirma.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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