IMA estuda criação de nova Unidade de Conservação na Caatinga em Maravilha/AL
Pesquisas feitas por técnicos do IMA-AL e Ufal na região apresentaram uma degradação agressiva causada por meio de queimadas e desmatamento (Fotos: Ascom/IMA) |
Com foco na preservação das riquezas naturais do Sertão alagoano,
o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) estuda a
criação de uma nova Unidade de Conservação (UC) na microrregião de
Santana do Ipanema, tendo como ponto central a elevação conhecida como
Serra da Caiçara, localizada no município de Maravilha.
No último final de semana, a equipe de Gerência de Fauna, Flora e
Unidades de Conservação (Gefuc) do Instituto realizou a primeira
vistoria na região, realizando a delimitação da área de interesse e o
registro das espécies típicas e endêmicas.
Segundo Alex Nazário, geógrafo consultor ambiental do IMA, a criação
de uma undiade de conservação na região se faz necessária para proteger
os sítios arqueológicos e paleontológicos.
"Além disso, a delimitação da unidade poderá salvaguardar os
remanescentes de vegetação nativa e áreas serranas vegetadas, detentoras
de alta capacidade de retenção híbrida, sendo vitais para o
fornecimento de água na região", explica.
A Serra da Caiçara possui uma área total de 1.950 hectares e 800m de
altura. Segundo os técnicos, a delimitação da unidade poderá ser bem
maior e abranger os municípios de Maravilha, Ouro Branco, Poço das
Trincheiras e Santana do Ipanema.
Relatos de pesquisas feitas pelo IMA-AL e Universidade Federal de
Alagoas (Ufal) na região apresentaram uma degradação agressiva e
abrangente causada pela interferência humana, por meio de queimadas e
desmatamento.
Além da Serra da Caiçara, várias áreas de declive, localizadas em
morros testemunhos, serras e vales também vêm sofrendo com intervenções
antrópicas que promovem o desnudamento e a erosão do solo. Quanto as
poucas áreas planas com vegetação nativa, essas são frequentemente
desmatadas pela população para diversos tipos de uso do solo.
Após a vistoria, foi assinalada a vocação da área para uma Unidade de
Conservação de uso sustentável, detendo, em um posterior zoneamento, a
delimitação de áreas de usos restritos ou especiais.
Nos dias 1º, 2 e 3 de setembro, a equipe deve realizar uma segunda
vistoria, junto com técnicos do Herbário, para fazer uma caracterização
da flora e socioeconômica da região. A conclusão dos estudos está
prevista para o mês de outubro, quando será realizada uma consulta de
opinião pública com lideranças e moradores locais.
Por Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
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