Setor elétrico quer reduzir ainda mais a vazão do São Francisco
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Imagem Cânion divisa Bahia/Alagoas |
A atual crise hídrica que atinge duramente a bacia do rio São
Francisco pode ter um efeito ainda mais danoso para a sobrevivência do
manancial. O sistema elétrico enviou ofício à Agência Nacional de Águas
(ANA) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), com o pedido de redução da vazão do rio dos atuais
800 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 700 m³/s. A medida atingiria
diretamente os reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (entre Alagoas e
Sergipe).
O assunto será ainda discutido em reunião de avaliação dos efeitos
da vazão reduzida no âmbito da bacia do São Francisco. O argumento do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é que há necessidade de
garantir os usos múltiplos na bacia hidrográfica.
Apesar de a legislação estabelecer o limite mínimo da vazão, a
defluência praticada vem sendo reduzida desde 2013. Na época, a vazão
era de 1.300 m³/s e, desde então, vem sendo diminuída progressivamente,
até o limite atual. Diante da possibilidade de nova redução, o prefeito
do município de Pão de Açúcar, em Alagoas, Jorge Dantas, admitiu
mobilizar os demais municípios do Baixo São Francisco e buscar apoio do
governador alagoano, Renan Filho, e da bancada parlamentar federal, a
fim de contribuir com o processo de preservação do rio.
Por ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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