Peixamento do São Francisco e palestras marcam em Alagoas os 515 anos de descoberta do rio
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Imagem assessoria |
Palestras
e peixamento do rio São Francisco, com o repovoamento de espécies
nativas da bacia hidrográfica, estão na agenda, em Alagoas, da Companhia
de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf)
para a próxima terça-feira. A programação marca os 515 anos da
descoberta do Velho Chico, atribuída aos navegadores Américo Vespúcio,
genovês, e André Gonçalves, português, no dia 4 de outubro de 1501.
A
programação terá início às 8h30 de terça-feira, no auditório da
Codevasf em Penedo, com a realização de palestras que discutirão as
ações de revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco. Entre
os participantes, estarão professores e estudantes da Universidade
Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), da
rede estadual e municipal de ensino e de técnicos da Codevasf e demais
instituições que atuam na região do Baixo São Francisco alagoano.
Logo
em seguida, às 10h30, será realizado pela Codevasf um peixamento para
repovoamento do rio São Francisco com diversas espécies nativas, como
piau, xira, pacamã, matrinxã, piabas, entre outras. O peixamento será
realizado no Porto das Balsas de Penedo, localizado no centro histórico
da cidade ribeirinha.
Para o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, será uma grande oportunidade para se refletir sobre a revitalização do chamado “rio da Integração Nacional”.
“Essas
datas são bastante importantes, pois mobilizam as pessoas a pensar
sobre seu significado.
É o momento ideal para refletir sobre o que já fizemos para revitalizar o São Francisco e acerca do que ainda precisamos realizar para concretizar esse projeto. Assim, convido toda a população e instituições interessadas nesse debate para participarem da programação”, reforçou.
É o momento ideal para refletir sobre o que já fizemos para revitalizar o São Francisco e acerca do que ainda precisamos realizar para concretizar esse projeto. Assim, convido toda a população e instituições interessadas nesse debate para participarem da programação”, reforçou.
Para mais informações sobre as atividades, os interessados podem entrar em contato com a 5ª Superintendência Regional da Codevasf em Penado por meio do telefone (82) 3551-9404.
São Francisco em Alagoas
A
passagem do São Francisco por Alagoas tem início no rio Moxotó,
afluente que divide Pernambuco e Alagoas, nos municípios de Delmiro
Gouveia e Pariconha, região do cânion do Xingó e da barragem do mesmo
nome. Após percorrer cerca de 278 km, deságua no oceano Atlântico no
município de Piaçabuçu. Além do Moxotó, outros afluentes no estado são
os rios Capiá, Riacho Grande, Ipanema, Traipu e Piauí.
O
berço do São Francisco fica na Serra da Canastra, no município de São
Roque de Minas, em Minas Gerais. Da nascente, ele percorre cerca de
2.800 quilômetros até desaguar no Oceano Atlântico, passando por cinco
estados: além de Minas Gerais, o rio banha as terras de Alagoas, Bahia,
Pernambuco e Sergipe.
Todo o vale sanfranciscano ocupa uma área aproximada de 620 mil quilômetros quadrados, incluindo 505 municípios, com uma população de cerca de 18,2 milhões de pessoas.
Recomposição da ictiofauna
Por
meio de seus sete Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e
Aquicultura implantados em quatro estados, a Codevasf atua na
preservação da ictiofauna das bacias hidrográficas, bem como em sua
revitalização, por meio da realização de peixamentos e pesquisas
aplicadas.
Até
hoje, mais de 134 milhões de peixes foram produzidos para a
recomposição e manutenção da ictiofauna com espécies nativas do São
Francisco e espécies não nativas destinadas ao apoio da piscicultura na
bacia. Para os peixamentos foram destinados 73 milhões de nativas, entre
elas cari, pacamã, piau, curimatã pacu, curimatã pioa, matrinxã, e
piaba.
Segundo
o chefe da Unidade de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf,
Leonardo Sampaio, a ação ajudar a manter o estoque de peixes e a
biodiversidade do rio.
“Além
de cuidar da saúde do rio, a ação garante a continuidade da pesca,
resultando no desenvolvimento econômico e segurança alimentar da
população da região. No primeiro semestre de 2016, os Centros Integrados
já produziram cerca de 4 milhões de alevinos de espécies nativas e
foram realizados 29 peixamentos. A expectativa é que esses números
aumentem ainda mais até o final desse ano”, afirma Sampaio.
Os
centros integrados são considerados referência no desenvolvimento de
pesquisas e tecnologias de reprodução, larvicultura e alevinagem de
espécies nativas do rio.
Por Ascom Codevasf
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