Empresário do agronegócio de Arapiraca não vê como fim à prática da vaquejada
Imagem Ilustrativa |
A notícia de que a prática da vaquejada passa a ser ilegal no País, não
chegou com esse fim ao empresário do agronegócio de Arapiraca, Wangles
Araújo, proprietário do Parque Divina Luz, que realiza anualmente uma
das mais importantes vaquejadas do Nordeste brasileiro.
Segundo o empresário, a proibição por 6 votos a 5 a favor da
inconstitucionalidade à prática da vaquejada se resume à lei do estado
do Ceará que regulamenta a vaquejada como esporte e ainda a relaciona
por maus-tratos aos animais.
"A vaquejada não é um esporte é um Patrimônio Cultural do Nordeste, do
povo nordestino e não pode ser realizada de qualquer jeito, em qualquer
lugar. Ela tem que ser regulamentada e pratica dentro dos princípios
adotados por uma associação", disse Wangler Araújo.
O empresário afirmou que o evento realizado no Parque Divina Luz segue, rigorosamente, o estatudo da Associação Brasileira de Vaquejadas (ABVAQ). No site da associação tem o regulamento com 13 artigos e toda a história da vaquejada no Brasil. Além do Manual de Julgamento do Boi.
Segundo o site da ABVAQ, a primeira vaquejada do país foi realizada na
cidade de Morada Nova, no estado do Ceará. A história aponta ainda que o
estado do Rio Grande do Norte também foi pioneiro na prática da
vaquejada, na cidade de Currais Novos.
A prática da vaquejada é muito forte no Nordeste e faz parte da cultura
popular do nordestino. Wangles Araújo disse ainda que em torno da
vaquejada gira um negócio milionário com geração de emprego e renda para
milhares de pessoas.
Segundo dados da Associação Brasileira de Vaquejada os números de 2014 e
2015 apontam que a prática deste evento gira em torno de R$ 600 milhões
por ano e gera 120 mil empregos diretos e 600 mil empregos indiretos.
Os números mostram também que cerca de 650 milhões de pessoas circulam
por ano os eventos de vaquejadas pelo país. Nesses dados, a ABVAQ inclui
também os leilões e feiras agropecuárias, a exemplo da que acontece em
Maceió.
A ABVAQ trata a vaquejada como esporte e diz que ela só perde para o
futebol e que são realizadas quatro mil vaquejadas por ano no Brasil.
Dessas quatro mil, 60 das vaquejadas são realizadas com premiação
superior a R$ 150 mil.
Lei alagoana
O empresário Wangles Araújo ressaltou que Alagoas também tem lei que
reconhece a vaquejada como atividade esportiva no estado. Trata-se da
Lei 60/2015 de autoria do deputado estadual Dudu Hollanda (PSD).
O deputado alagoano assim como o empresário defendem a vaquejada como
praticantes e como prática esportiva e cultural do povo nordestivo.
Com relação ao regulamento, a ABVAQ ressalta regras de bem-estar animal nos eventos realizados em qualquer cidade do país.
Por Sete Segundos
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