Alagoas recebe mais de R$ 4 milhões em investimentos para pesquisa em saúde
Novo edital do Programa vai injetar mais R$ 2 milhões em produções
científicas que contribuam com a melhoria das ações e políticas do SUS
Linhas de pesquisa para a submissão de propostas são divididas em cinco eixos de ação, considerando as áreas prioritárias para o fortalecimento do SUS em Alagoas Fotos: Olival Santos |
O
financiamento de pesquisas em temas prioritários para a saúde alcançou o
montante de R$ 4.150 milhões no Estado de Alagoas. O dado é referente
aos cinco editais do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde
(PPSUS), iniciado em 2001, que contemplou 111 pesquisas voltadas para
melhoria das ações e políticas de saúde dos alagoanos.
Nesses
15 anos de gestão compartilhada do PPSUS em Alagoas, o orçamento
oriundo do Ministério da Saúde somou R$ 3,1 milhões. A Fundação de
Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal) investiu R$ 800 mil e a Secretaria
de Estado da Saúde (Sesau) custeou R$ 250 mil.
A
ampliação do investimento do Estado como contrapartida do Programa
iniciou no último edital, em 2013. A medida contribuiu para o aumento do
valor financiado em pesquisas em saúde de Alagoas, que passou de um
valor inicial de R$ 250 mil para o montante de R$ 2 milhões, valor este
que vai continuar no novo edital de 2016.
Ao
promover o desenvolvimento científico e tecnológico, as pesquisas do
PPSUS visam atender as peculiaridades e especificidades de saúde de cada
região do Estado. De acordo com o técnico da Gerência de Ciência e
Tecnologia da Sesau, Tobias Barreto, as primeiras pesquisas em Alagoas
definiram o perfil epidemiológico.
“Logo
no início do Programa, a prioridade de pesquisa em Alagoas era conhecer
e avaliar o perfil dos alagoanos atendidos pelo SUS. Essa medida
contribuiu para que a gestão pública hoje pudesse fazer a Análise da
Situação da Saúde, que atualmente é um setor da Sesau, com total
autonomia e know-how”, esclareceu Tobias.
Suprida
essa primeira necessidade de pesquisa, agora as prioridades em Alagoas
são estudos voltados tanto para a organização do serviço como para as
doenças negligenciadas. Outra prioridade de pesquisa, acrescida pelo
Ministério da Saúde, são os estudos voltados para a dengue, febre
chikungunya e zika vírus e sua relação com a microcefalia.
“O
grande desafio da pesquisa é, além de encontrar uma resposta para o
problema de saúde, aplicá-la como benefício para os alagoanos”, destacou
Tobias Barreto. Nessa linha de trabalho, o Ministério da Saúde tem
Alagoas como referência no Programa, pelo potencial do Estado no
acompanhamento e incorporação das pesquisas.
Exemplos - Segundo
o técnico estadual da Gerência de Ciência e Tecnologia, já existem
respostas concretas das pesquisas na organização do serviço do Hospital
Universitário. Um dos exemplos é voltado à identificação dos distúrbios
de diferenciação de sexo e também das fendas orais.
Outro
estudo é em relação ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu),
que proporcionou a sua estruturação a partir do georreferenciamento. A
pesquisa possibilitou respostas ativas sobre o funcionamento do serviço,
tempo de resposta e principais demandas por unidade de suporte
avançado.
Já
a criação de uma pomada à base de própolis vermelha para combater os
efeitos colaterais associados ao tratamento da Leishmaniose Tegumentar é
também fruto de mais uma pesquisa do PPSUS. A pesquisadora Camila
Dornelas esclareceu que essa inovação pode ajudar de duas formas.
“Há
ganho na qualidade de vida de pessoas com Leishmaniose Tegumentar, e a
iniciativa ainda colabora com os apicultores, uma vez que a própolis
vermelha é um produto de Alagoas e de baixo custo”, pontuou Dornellas.
Novo edital - O
edital 2016 do PSSUS em Alagoas será lançado no próximo dia 31 de maio,
com a proposta de financiamento de pesquisas no valor de R$ 2 milhões.
Desse total, R$ 1,5 milhão vai ser custeado pelo Ministério da Saúde, R$ 250 mil pela Fapeal e R$ 250 mil pela Sesau.
As
linhas de pesquisa para a submissão de propostas são divididas em cinco
eixos de ação, considerando as áreas prioritárias para o fortalecimento
do SUS em Alagoas. São elas, saúde de populações específicas e
vulneráveis; epidemiologia; saúde, ambiente, trabalho e biossegurança;
bioética, gestão do trabalho e educação em saúde; avaliação de
tecnologias em saúde e sistema e sistemas e políticas de saúde.
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
Por Blog Adalberto Gomes Notícias com Agência Alagoas
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