Seduc promove formação em educação quilombola com professores da rede no Povoado Caboclo, em São José da Tapera
Ação faz parte do Programa Alagoas Ambundu, que aborda questões
relativas à identidade quilombola e traz um novo olhar para projetos
pedagógicos
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Reformulação de conhecimento sobre povos quilombolas enriquece ensino. Fotos: José Demétrio e acervo Secom-AL |
Compreender e identificar a herança quilombola na escola e como
aproveitar este conhecimento na reelaboração dos projetos pedagógicos.
Essa foi a temática da formação em educação escolar quilombola que a
Secretaria de Estado da Educação (Seduc) iniciou este mês com
professores da rede pública estadual e municipal.
A ação faz parte do programa Alagoas Ambundu – uma referência ao
grupo étnico angolano que representa os primeiros africanos a povoar
Alagoas – que visa estimular novas práticas pedagógicas a partir das
especificidades históricas e culturais das comunidades quilombolas.
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“As formações são uma oportunidade para dialogar com os educadores,
onde conversamos sobre o que é ser quilombola, quais os programas
existentes para as escolas quilombolas e como estas informações podem
ser revertidas na reelaboração de projetos pedagógicos e execução de
ações voltadas à matriz africana e quilombola, tendo como foco o nosso
estudante”, explica o supervisor das Diversidades da Seduc, Zezito
Araujo.
Tapera – Uma das formações do programa aconteceu no
Povoado Caboclo, em São José da Tapera. Esta é a única comunidade
quilombola do estado a possuir uma escola de ensino médio, a Escola
Estadual do Caboclo. Na formação realizada na Escola Municipal Antônio
Agostinho, educadores da rede estadual e municipal discutiram a temática
e aprovaram a iniciativa.
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“Esta formação veio em boa hora, pois trabalhamos com adolescentes
que poderão entender melhor sua ancestralidade quilombola. Também nos
ajudará a reprogramar a escola pedagogicamente para o ano letivo 2017”,
afirma a coordenadora pedagógica da Escola Estadual do Caboclo, Gicelma
Soares.
Professor da rede municipal de São José da Tapera, Sidjânio Vieira também apontou os benefícios da formação.
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“É uma experiência enriquecedora não só para mim, que leciono
história, mas para toda a comunidade, que passa conhecer melhor sua
história e se reconhecer quilombola”, observa Vieira.
Segundo Zezito Araujo, novas formações acontecerão em 2017.
Por Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
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