Engenhos de Alagoas garantem turismo de experiência para fugir de clichês
Além de contar uma parte da história do Brasil, locais dispõem de
natureza exuberante com opções de trilhas e visitas à alambiques
Os engenhos de açúcar são um forte atrativo cultural, proporcionando passeios e diversificando as atrações tradicionais das viagens de férias Divulgação |
Histórias, culturas e sabores. O desenvolvimento da economia
alagoana e das famílias nordestinas pode ser contado através dos velhos e
cobiçados engenhos de açúcar, que em belos conjuntos arquitetônicos
exploram a referência histórica de um dos processos produtivos mais
importantes do Brasil.
Forte atrativo cultural, os passeios nos engenhos diversificam as
atrações tradicionais das viagens de férias, inovando com roteiros que
proporcionam aos visitantes a degustação de cachaças, rapaduras e outros
produtos oriundos da cana de açúcar. Além disso, os atrativos ampliam o
conhecimento dos visitantes sobre o período de escravidão no Brasil,
marcado pelo uso da mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do
Nordeste, na primeira metade do século XVI.
Em Alagoas, seis engenhos fazem parte deste rol e prometem oferecer
uma experiência única ao aliar cultura, história e gastronomia.
Engenho Caraçuipe
Como uma das mais conceituadas bebidas do país, a cachaça produzida
no Engenho Caraçuipe, localizado em Campo Alegre, conquistou a medalha
de prata no Concurso Mundial de Bruxelas Edição 2015. Utilizando
alambiques de cobre e fermentação natural, o processo de produção no
engenho é diferenciado, dispensando o uso de aditivos químicos e
corantes.
Com ambientes decorados, o espaço é ideal para quem deseja fazer boas
fotografias. Na própria área do engenho foi montada uma loja, onde são
vendidos os produtos da casa e dos artesãos da região. Partindo da
capital, o melhor acesso ao município se dá pela rodovia AL-101.
Engenho Gogó da Ema
E não foi a primeira vez que uma cachaça alagoana esteve entre as
melhores do mundo. Reconhecida internacionalmente após ganhar a medalha
de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas, em 2013, a cachaça Gogó da Ema é
produzida de maneira artesanal na Fazenda Recanto, no município de São
Sebastião, localizado no Agreste alagoano.
A visita promove o conhecimento sobre o processo de produção da
bebida, ao mesmo tempo em que ressalta a importância da comercialização
das cachaças artesanais para o setor comercial e cultural do estado. Em
dezembro de 2014, o engenho também ficou entre os 50 melhores alambiques
de cachaça do Brasil.
Engenho Brejo dos Bois
Situado no município de Junqueiro, distante 116 km da capital, o
Engenho Brejo dos Bois é uma das principais fábricas de produtos
orgânicos extraídos da cana de açúcar. Por lá, é possível encontrar a
tradicional cachaça envelhecida, a rapadura, mel de engenho e o açúcar
mascavo. Em instalações rústicas, a área do engenho fica próximo aos
atrativos naturais que podem complementar a experiência, como trilhas,
passeios, riachos e infraestrutura turística.
Engenho das Alagoas
Dos derivados da cana de açúcar, o mais conhecido é a cachaça.
Entretanto, no Engenho das Alagoas, localizado em Pindoba, distante 92,7
km da capital Maceió, a rapadura e o mel de engenho, que estiveram
quase extintos, são os destaques da comercialização. Na visita ao local,
o momento de degustação acontece ao final do trajeto, pelos espaços
onde são desenvolvidos os processos de produção.
Engenho São Lourenço
Comandado pelo carismático casal Maurício e Silvia Medeiros, o
passeio pelo Engenho e Restaurante São Lourenço conta com um clima
familiar singular. Por lá, o diálogo entre o turismo histórico e a
gastronomia local favorece a produção de iguarias culinárias que
utilizam os produtos da cana em suas receitas. Com estrutura de
restaurante montada dentro do próprio engenho, o ambiente original
satisfaz o paladar e o desejo dos visitantes de conhecer um pouco mais
sobre as características regionais de Alagoas.
Por Redação Blog Adalberto Gomes Noticias com Agência Alagoas
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