Julgamento de acusado de matar vereador Fernando Aldo é suspenso
Advogado do réu não compareceu alegando problema de saúde; sessão que estava marcada para esta quarta-feira (24), no Fórum de Maceió, ainda não tem data para ocorrer
Fernando Aldo/ imagem google |
O
julgamento de Eliton Alves Barros, acusado de envolvimento na morte do
vereador Fernando Aldo Gomes Brandão, do município de Delmiro Gouveia,
foi suspenso. A sessão, marcada para a tarde desta quarta (24), no Fórum
de Maceió, deixou de ser realizada a pedido do advogado do réu, João
Luiz Fornazari de Araújo, que não pôde comparecer por motivo de saúde.
Juiz John Silas disse que a nova data do júri ainda será definida. Foto: Itawi Albuquerque |
A sessão seria presidida pelo juiz John Silas da Silva, titular da
8ª Vara Criminal. “O advogado ingressou com pedido de adiamento,
acompanhado de atestado médico, dizendo da sua impossibilidade de
participar do júri. Por se tratar de advogado constituído, não posso
designar outro. Vamos aguardar o término do prazo do atestado para que
possamos marcar uma nova data”, explicou o magistrado.
O atestado mostra que o advogado apresentou um abscesso volumoso
(íngua), devendo ficar afastado das atividades pelo prazo de 15 dias, a
contar da última sexta-feira (19).
O réu
Eliton Alves Barros foi pronunciado em novembro de 2010 e será julgado
por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que
impossibilitou a defesa da vítima), além de formação de quadrilha. A
acusação está a cargo do promotor de Justiça Antônio Villas Boas.
O caso
O vereador Fernando Aldo foi morto na madrugada de 1º de outubro de
2007, durante um evento no município de Mata Grande. Segundo a denúncia
do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), Eliton e outros três homens
efetuaram disparos contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos.
Ainda de acordo com o órgão ministerial, o homicídio teria ocorrido
a mando do então deputado estadual Cícero Ferro e do atual prefeito de
Delmiro Gouveia, Luiz Carlos Costa (Lula Cabeleira). Em agosto de 2012, o
Tribunal de Justiça (TJ/AL) julgou improcedente a ação contra Lula
Cabeleira, inocentando-o da acusação por falta de provas.
Outros denunciados pelo MP/AL foram Dilson Alves (que já foi
julgado e condenado), Carlos Marlon Gomes Ribeiro (ainda não julgado) e
Eronildo Alves Barros (já falecido). O crime teria tido motivação política, pois Fernando Aldo estaria cotado para assumir a Prefeitura de Delmiro Gouveia.
Matéria referente ao processo nº 0500046-83.2009.8.02.0001
Por Discom TJ/AL
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